MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 6 de outubro de 2012

Eleições: Serra investe na biografia e projetos inovadores


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
São Paulo - Veterano em disputas eleitorais, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, enfrentou neste primeiro turno das eleições municipais na capital um cenário bastante acirrado, onde o mote dos adversários pregava ‘o novo’ e a renovação, sobretudo após a má avaliação do atual prefeito Gilberto Kassab (PSD), seu sucessor no cargo e aliado político. Para fazer frente às críticas e impor suas bandeiras, o tucano procurou enfatizar suas realizações na vida pública, destacando que elas, sim, é que foram inovadoras.

Esta é a quarta vez que Serra disputa a Prefeitura de São Paulo. Ele já foi eleito prefeito na campanha de 2004, em disputa com a petista Marta Suplicy. Com menos de dois anos de mandato, o tucano deixou o posto nas mãos de seu vice, Gilberto Kassab, para se lançar ao governo do Estado de São Paulo, vencendo o pleito estadual. A saída da Prefeitura, no meio do mandato, foi motivo de cobrança de adversários e eleitores neste pleito. Para se defender, Serra disse que o governador do Estado é um "segundo prefeito" da capital e, como governador, continuou investindo na cidade. Ele alegou também, em sua propaganda eleitoral, que deixou a Prefeitura porque o governo do Estado "corria o risco de cair nas mãos do PT", já que o então governador, Geraldo Alckmin, não podia mais concorrer à reeleição.

Além dos cargos no executivo, o tucano também tem uma longa trajetória política no legislativo, como deputado e senador. Quando foi eleito deputado constituinte, em 1986, foi apontado como o parlamentar com a melhor média de aprovação de emendas na legislatura. Em 1988 participou do grupo dissidente do PMDB que fundou o PSDB e, no mesmo ano, concorreu à Prefeitura de São Paulo, mas quem se elegeu foi Luiza Erundina, então no PT. O tucano reelegeu-se deputado em 1990.

No ano de 1994 venceu as eleições para senador. No mesmo pleito, Fernando Henrique Cardoso, seu correligionário, elegeu-se presidente da República. No mandato de FHC, foi duas vezes ministro, do Planejamento e da Saúde. Nesta pasta, implantou os medicamentos genéricos e o tratamento gratuito para a aids na rede pública de saúde. Em 2002, lançou-se candidato à Presidência contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), perdendo no segundo turno. Serra disputou a presidência também em 2010, no último ano de seu mandato como governador de São Paulo. Sua adversária Dilma Rousseff (PT) venceu o pleito no segundo turno.

Serra tem 70 anos, é economista e professor universitário, com mestrado e doutorado pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e durante o período de ditadura militar no País exilou-se em alguns países, como Chile, França e Estados Unidos. Em 1978, Serra voltou ao Brasil, antes da promulgação da Lei da Anistia, que anistiou todos os exilados políticos. Entre 1983 e 1986 foi secretário estadual do Planejamento na administração de Franco Montoro. Nesta campanha, Serra garantiu que, se for eleito, ficará o mandato inteiro à frente da Prefeitura.

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