MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 13 de outubro de 2012

Ducati e KTM têm lojas fechadas por seu representante no Brasil


Grupo Izzo diz ter 'decidido encerrar as atividades comerciais'.
Fabricantes europeias ficam com situação indefinida no país.

Rafael Miotto Do G1, em São Paulo

Logo da Ducati na Juscelino Kubitschek (Foto: Rafael Miotto/G1)Logo da Ducati na Juscelino Kubitschek, em
São Paulo teve inscrições da marca retiradas
(Foto: Rafael Miotto/G1)
O Grupo Izzo fechou, em São Paulo, sua principal loja da Ducati no país, na Avenida Juscelino Kubitschek. Segundo funcionário, que não quis se identificar, o último dia de funcionamento foi no sábado passado (6) e o encerramento das atividades ocorreu sem explicações. Dois dias depois, a empresa, que é a represente no Brasil da marca italiana de motos, e também da austríaca KTM, divulgou um comunicado não muito claro aos seus clientes, falando sobre o rumo de seus negócios.
"Após muitos anos atuando no mercado brasileiro, estrategicamente decidimos por compactar e encerrar nossas atividades comerciais, compatibilizando nossas unidades em uma nova configuração mais otimizada e de acordo com o mercado e cenário atual do país. Sendo assim, manteremos nossa empresa em plena atividade administrativa", informou a nota, que foi transmitida em nomes de HDSP e LPAP, empresas do Grupo Izzo.
O G1 tentou contato com todas concessionárias KTM e Ducati, veiculadas ao grupo, e nenhuma atendeu o telefone. A loja da KTM na Juscelino Kubischek também não está funcionando. Além dela, a unidade da Avenida dos Bandeirantes, também em São Paulo, dita como a maior concessionária da marca austríaca no mundo, fechou há alguns meses. Procurado, o Grupo Izzo não se manifestou.
Loja da Ducati na avenida Juscelino Kubitschek (Foto: Rafael Miotto/G1)Loja da Ducati na avenida Juscelino Kubitschek, em São Paulo, nesta quinta (11) (Foto: Rafael Miotto/G1)
A mesma nota distribuída aos clientes diz: "Oportunamente, em um futuro próximo, comunicaremos o endereço das novas instalações já em procedimento de reforma para adequação do espaço". Desse modo, KTM e Ducati ficam com as operações indefinidas no Brasil.
"Estamos em situação litigiosa com o Grupo Izzo e não podemos dar informações sobre o caso", diz a KTM do Brasil, subsidiária da empresa austríaca no país, referindo-se a ação na Justiça. "Ainda não temos previsão de voltar a comercializar motos e estamos focando no pós-vendas", explicou um representante. A Ducati também foi contatada, diretamente na Itália, mas não se pronunciou até a publicação da reportagem. Os sites das marcas no Brasil estão fora do ar.
Local da antiga loja da KTM na avenida dos Bandeirantes (Foto: Rafael Miotto/G1)Local da antiga loja da KTM na avenida dos Bandeirantes (Foto: Rafael Miotto/G1)
Problemas com clientes
No site "Reclame Aqui" constam diversas queixas contra Grupo Izzo, em relação às vendas de motos KTM e Ducati. Clientes reclamam, principalmente, sobre a demora para o emplacamento  e a normalização da documentação. "Comprei minha moto em setembro de 2011 e só recebi o documento em dezembro do ano passado, mas em nome do Grupo Izzo, e alienado", afirma Marcel Santos, 40 anos, gerente jurídico, que adquiriu uma Ducati Hypermotard 796 à vista.
"Só recebi o documento no meu nome em julho de 2012. Depois disso tudo, perdi a vontade de andar com a moto e a vendi. Em nove meses, rodei apenas 1.000 km", explica Santos, que mantém ação judicial contra a o grupo.
De acordo com o Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), ainda não está muito claro quais serão os rumos da operação da empresa, porém, é obrigatório que o Grupo Izzo cumpra os termos de garantias das motos. Além disso, as peças de reposição têm de continuar disponíveis por um "período razoável" (não há prazo estabelecido no Código de Defesa do Consumidor).
A empresa também continua responsável pelos eventuais recalls das motos. Ainda segundo a fundação, os clientes que se sentirem lesados devem procurar o Procon para obterem seus direitos.
Parcerias do Grupo Izzo
O Grupo Izzo já teve a representação de outras marcas como Triumph, MV Agusta e Husqvarna. Sua parceria mais importante foi com a Harley-Davidson, marca da qual vendeu mais de 20 mil motos no país. No final, a empresa americana entrou com processo contra o Izzo e a ação terminou após acordo entre as partes. Desde 2011, a Harley tem operação própria no Brasil.
A Triumph também anunciou subsidiária, com montagem de suas motos em Manaus, e começará a vendar suas motos em novembro. Enquanto isso, a MV Agusta está atualmente com a Dafra, que monta as motos italianas no país, e a BMW deve anunciar em breve as vendas de Husqvarna, marca da qual é dona, no Brasil.

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