MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 13 de outubro de 2012

Cresce demanda por prédios com helipontos em Salvador


Fábio Bittencourt e Joana Lopo

  • Ana Paula Nunes | Divulgação
    Heliponto do Mundo Plaza, na avenida Tancredo Neves, suporta aeronaves de até 4,3 toneladas
Cidade crescendo sem parar. Trânsito caótico. Tem muita gente trocando o asfalto pelas nuvens na hora de se deslocar por Salvador. Claro que essa não é a realidade da maioria, mas uma demanda que vem crescendo na capital baiana, segundo especialistas ouvidos por A TARDE. Tanto que o assunto está aí, em pauta, por quem utiliza o serviço, além dos empresários do setor da construção responsáveis, nos próximos cinco anos, pelo lançamento de prédios residenciais e comerciais equipados com helipontos.
De acordo com números oficiais divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a frota de helicópteros na Bahia ainda é relativamente pequena se comparada à de São Paulo. São 26 aqui contra 668, lá. Até mesmo outros estados da região Nordeste, como Ceará e Pernambuco, saem na frente, com 40 e 28 aeronaves, respectivamente.
Com relação a locais de pouso e decolagem (helipontos), ainda segundo a Anac, são apenas cinco posições em Salvador. Apenas dois deles em edifícios comerciais (Mundo Plaza e Salvador Trade Center). Os outros são o do  Palácio de Ondina (residência oficial do governador do Estado), o localizado na sede da Norberto Odebrecht, na Avenida Paralela, e mais um no hangar da empresa de táxi aéreo Henrimar Helicópteros, na estrada CIA-Aeroporto.
Projetos - Mas há quem discorde desses números e diga que os dados da Anac estão incompletos. "Existem cerca de 16 projetos aguardando homologação da Anac, alguns para serem instalados em prédios, e outros, em terrenos. De qualquer modo, sem sombra de dúvidas, há a necessidade de ampliação no número de helipontos na cidade", frisa o empresário e dono da Helicia, Jorge Cirne.
Coro que é seguido por outro empresário do setor. "A demanda por serviços de heliponto em Salvador começou a partir de 2005. Inicialmente, os artistas eram quem mais procurava o táxi aéreo. Com a necessidade aumentando, muita gente acabou comprando suas aeronaves e por isso o número de helicópteros quase dobrou na capital baiana. O veículo facilita a vida das pessoas que precisam  otimizar seu tempo por causa do trabalho", explica Fernando César Pouchain, diretor de operações da empresa de táxi aéreo Henrimar.
Vice-presidente da Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Luciano Muricy acredita que a instalação de mais helipontos na capital é só uma questão de tempo. Segundo ele, os existentes hoje em Salvador dão conta da necessidade.  "Essa é uma aposta futura. Hoje é um serviço ainda muito comercial, o que justifica o fato de os helipontos estarem em empreendimentos mistos como o Mundo Plaza", observa.
Complexo de edifícios residenciais e comerciais, o Horto Bela Vista será o próximo empreendimento da capital a contar com um heliponto. De acordo com o diretor de incorporações da JHSF (responsável pela obra), Luciano Amaral, inicialmente somente uma das torres comerciais irá contar com o equipamento.
"Atualmente, a demanda por helipontos é crescente devido ao aumento na utilização desses aparelhos como meio de transporte nas grandes metrópoles. O deslocamento pelo ar é mais rápido e seguro em cidades que têm dificuldades com a fluência do tráfego de veículos, como é o caso de Salvador", lembra.
Ainda de acordo com Amaral, o aumento de helipontos em edifícios comerciais e residenciais é uma tendência observada nas principais capitais do mundo. "Todos os dias, mais e mais pessoas têm acesso aos serviços de locação de helicópteros ou mesmo aquisição individual".

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