MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 14 de outubro de 2012

Bahia é 4º estado mais promissor no setor de beleza

Joana Oliveira e Mariana Mendes A TARDE

  • Fernando Amorim | Ag. A TARDE
    Joilma trocou a carreira de professora para investir em curso de cabeleireira e hoje é dona de salão
O crescimento da economia brasileira colocou em destaque também o mercado de beleza do País. De acordo com um levantamento realizado pela Central Mailing List, especialista em banco de dados, o mercado brasileiro de cosméticos e perfumaria cresceu 250% em número de empresas, entre 2009 e 2011, ocupando o terceiro lugar no ranking mundial desse segmento, atrás apenas dos EUA (1º lugar) e Japão (2º lugar).  Na Bahia, o panorama não é diferente: segundo a pesquisa, o Estado ocupa hoje o quarto lugar no ranking nacional, com o maior número de empresas do ramo, resultado de um crescimento de 272%, no período.
"Os empreendedores locais já têm representatividade em feiras e convenções de beleza nacionais e internacionais. Isso contribui para a implantação de grandes empresas no Estado, como a Avon e O Boticário, que pretendem abrir novos centros de distribuição aqui", avalia Shirley Lima, coordenadora de pesquisas no setor de cosméticos do Sebrae-Bahia.
Em agosto, o Grupo Boticário confirmou investimentos de R$ 650 milhões, sendo R$ 535 milhões destinados à Bahia, onde uma nova fábrica começa a ser construída em Camaçari e um centro de distribuição em São Gonçalo dos Campos.
Para Marcos Rodrigues, diretor da Central Mailing List, três fatores contribuíram para o  crescimento do setor: o aumento da renda populacional, a popularização dos produtos e as mudanças nos hábitos de consumo. "Os brasileiros estão mais preocupados com a sua estética. Com a melhoria da renda da população, as empresas tornaram seus produtos mais populares, o que impulsionou  o consumo", diz.
Fabrício Correia, presidente  do Sindicato das Indústrias de Cosméticos e Perfumaria do Estado da Bahia (Sindicosmetic), afirma que a situação também é resultado de uma adaptação das empresas aos desafios impostos pela nova classe consumidora. "As empresas tiveram que se adaptar às mudanças do mercado, oferecendo  produtos de boa qualidade, porém com preços mais acessíveis, o 'bom e barato'", explica.
Trabalho - O crescimento econômico do segmento se estendeu também ao mercado de trabalho. Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), as oportunidades de emprego na área cresceram 278% nos últimos 16 anos.   
Atenta a essas chances, Joilma Souza resolveu trocar a carreira de professora, há dois anos, para investir em um curso de cabeleireira no Instituto Embelleze, centro de formação profissional. "Entrei no curso sem saber sequer como segurar um secador. Hoje, tenho o meu próprio salão", conta Joilma, que, três meses após a formação, iniciou o negócio próprio e garantiu aumento de até R$ 1.200 em sua renda mensal.
O setor também ofereceu o primeiro emprego de Greiciane Souza. Ela entrou no Instituto Beleza Natural aos 18 anos e hoje, aos 21, faz faculdade de jornalismo para seguir carreira na empresa. "Aqui é possível crescer junto com a empresa. Em três anos já fui promovida duas vezes e espero crescer muito mais", conta a funcionária, que sonha em trabalhar no setor de comunicação do instituto após se formar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário