MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Aumento da área plantada com soja contribui para safra recorde de grãos

CONAB divulgou a primeira estimativa da safra 2012/2013.
Produção de grãos pode chegar a 182 milhões de toneladas.

Do Globo Rural

A CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento, divulgou a primeira estimativa da safra 2012/2013. Os números apontam um recorde na produção de grãos. Segundo a companhia, a produção de grãos pode chegar a 182 milhões de toneladas, com aumento de 10% em relação à colheita passada.
A safra recorde se deve principalmente à soja. De todos os grãos, a produção da soja é a única que deve crescer em área plantada com 27 milhões de hectares, ou seja, 9% a mais do que na safra anterior. A previsão é também de uma produção recorde de soja, podendo alcançar quase 83 milhões de toneladas. O motivo é que o preço do grão está em alta no mercado.
“Basicamente, por questão de quebra de safra. Nós tivemos na safra 2011/2012 primeiro uma quebra no Brasil e na Argentina por questão de seca. Depois, a grande quebra de safra americana. Os Estados Unidos tiveram uma seca nunca vista e uma quebra de safra muito grande. Isso fez com que os preços subissem para patamares muito altos”, diz Edilson Guimarães, diretor de comercialização do Ministério da Agricultura.
O levantamento mostra ainda que a colheita de milho e feijão deve crescer um pouco porque a do ano passado foi muito prejudicada pela seca no Sul e Nordeste do país. Por outro lado, a área da primeira safra de milho e feijão pode reduzir 6%. Os produtores estão preferindo plantar soja, inclusive os agricultores familiares, o que preocupa a CONAB.
“No momento em que o agricultor faz essa opção, o risco é ele não retornar para os produtos mais tradicionais, ou seja, ele acabar se especializando e também adotando o próprio modelo do agronegócio na unidade familiar. Eu acho que isso é muito ruim porque passa a ser cada vez mais um processo de especialização da produção vinculado a um único produto que lá na frente, quando tiver, por ventura, uma queda de preço. Isso coloca em risco, inclusive, a própria manutenção da atividade produtiva”, diz Sílvio Porto, diretor de política agrícola da CONAB.

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