MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 6 de outubro de 2012

Aumenta número de funcionários do PIM com lesões no AM, diz sindicato


LER, hérnia de disco, bursite e tendinite estão entre as principais doenças. Casos poderiam ter sido solucionados com medida preventiva, diz Sindicato.

Girlene Medeiros Do G1 AM

Setor de Duas Rodas (Foto: Divulgação/Abraciclo)Por medo de represália, funcionários não denunciam o aparecimento de lesões enquanto estão efetivados na empresa (Foto: Divulgação/Abraciclo)
O número de funcionários de indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) que desenvolveram alguma lesão ou doença causada por esforço repetitivo no ambiente de trabalho em  2012 aumentou em 24% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O número é indicado pela quantidade de profissionais atendidos no Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas.
Entre as doenças mais comuns encontradas em ex-funcionários do PIM estão as Lesões por Esforço Repetitivo (LER), hérnia de disco, bursite, tendinite e problemas com o punho e cotovelo. Neste primeiro semestre, foram realizados 936 atendimentos a funcionários que buscavam os próprios direitos diante de problemas ocupacionais. No mesmo período do ano passado, ocorreram 750 atendimentos.
Segundo o secretário de saúde do sindicato, a maioria dos casos poderiam ter sido solucionados com uma medida preventiva não só da empresa, como também do funcionário. “O problema é que a maioria dos trabalhadores nos procura quando perde o emprego. Com medo de represália por parte da indústria, eles sofrem com os sintomas das lesões e vão aguentando. Até que chega a hora que finalmente a empresa realiza a demissão sem mais, nem menos”, explicou o sindicalista.
Quando o profissional é demitido e procura o sindicato, é realizado uma Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), em que o órgão envia laudos médicos à empresa, solicitando explicações sobre os motivos da demissão. Em 2011, o sindicato da categoria emitiu 20 documentos de CAT. No mesmo período de 2012, o número subiu para 234.
Polo Industrial de Manaus (Foto: Divulgação/Suframa)Nokia reintegrou 53 funcionários em novembro
(Foto: Divulgação/Suframa)
Para Ricardo, o aumento de solicitações a empresas evidencia a negligência das fábricas para com o bem-estar dos funcionários. “Damos um prazo de 72 horas para a empresa responder ou se defender diante da CAT e explicar porque o trabalhador foi demitido, mas é comum se esquivarem. Chegam até a dizer que antes de ser demitido, o funcionário passou pelo médico do trabalho e nada foi constatado”, afirmou.
A perícia é realizada em seguida e o trâmite pode demorar de 45 a 60 dias para aferir as causas da lesão. Enquanto isso, o funcionário procura alternativas para a própria saúde. “Se eles estivessem ainda na empresa seria mais rápido, mas 99,9% deles já estão desempregados. Tudo se torna mais lento”, disse o secretário de saúde do sindicato.
O resultado da reivindicação é uma possível reintegração dos trabalhadores garantida por pelo Ministério Público do Amazonas (MPE/AM). “Dos 82 funcionários demitidos, a Nokia teve que reintegrar 53 no mês de novembro. Os outros não procuraram o sindicato”, detalhou Ferreira.
Indústrias recordistas
O Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas contabiliza a quantidade de funcionários demitidos de cada empresa do Polo Industrial de Manaus (PIM). 

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