Brinquedos são criados pelo artista que mora na Grande Fortaleza.
Para Dim Brinquedim, peças ganham sentido com energia humana.
Dim começou a fazer brinquedos ainda criança
(Foto: Dim Brinquedim/Acervo Pessoal)
Pela idade, o artista plástico conhecido como Dim Brinquedim já deixou
de ser criança, mas é só conhecer o trabalho do cearense de 45 anos para
perceber que ela leva a sério a tafera de brincar. Em um sítio no
município de Pindoretama,
a 50 quilômetros de Fortaleza, Antônio Jader Pereira dos Santos
constrói brinquedos e mantém um museu de 500 peças cheias de cores e
gosto de infância.(Foto: Dim Brinquedim/Acervo Pessoal)
Brinquedos, esculturas e telas inspirados na meninice do artista estão abertos à visitação e para diversão de adultos e crianças no Museu Brinquedim. “Penso na criança porque eu sou a criança. Eu sou o menino Dim que estava brincando em Camocim, onde nasci”, diz.
No playground do Museu, a língua de um boneco gigante vira um escorregador e o corpo de um gato vira um portal por onde ninguém resiste passar. O barulhinho engraçado do famoso rói-rói é potencializado em uma árvore com pelo menos vinte deles. Joaninhas, libélulas, borboletas, pássaros, palhaços, músicos, bailarinos ganham movimento e som em caixinhas com manivela, carrosséis e móbiles.
Dim começou a fazer brinquedos desde os primeiros anos de idade, como, aos sete anos, o inesquecível cavalo que criou com a tala de uma carnaubeira depois de assistir a um filme do Zorro. Até hoje, tudo parece se tornar arte e brincadeira nas mãos de Dim Brinquedim.
Museu de brinquedos fica em um sítio
(Foto: Dim Brinquedim/Acervo Pessoal)
Guerra de brinquedos(Foto: Dim Brinquedim/Acervo Pessoal)
Os brinquedos de Dim Brinquedim não precisam de energia elétrica e não utilizam tecnologia vançada. Eles funcionam com a imaginação e energia de quem brinca, independente da idade. “Preciso da energia humana. Gosto de interagir com os brinquedos. O artista cria observando o dia a dia, não é separado da vida”, conta.
Mesmo fazendo peças artesanais, Dim Brinquedim não critica o uso de videogames e computadores pelas crianças. “Eu acho que tem de ter os dois mundos. A criança precisa ter a liberdade, mas tem de ter um controle. Acho interessante que ela possa conhecer outros universos, não ficar preso em só um”, diz.
Escorregador de 'língua de gato''
(Foto: Dim Brinquedim/Acervo Pessoal)
Ele vive esse dilema em casa. O filho novo de Dim, Ud, já aprendeu a
brincar com o pai e conta que já fez “uns 50 brinquedos”. A filha
adolescente, Risa, está mais interessada nas novas tecnologias e as
redes sociais.(Foto: Dim Brinquedim/Acervo Pessoal)
O talento do artista já visitou vários países e conquista quem conhece, seja para guardá-los como uma obra de arte ou como uma lembrança de que se deve ser sempre criança. “Meu trabalho é para todas as idades. Todo mundo foi criança um dia''.
O criador de tantas fantasias já deu aula na Universidade de São Paulo (USP), e não é difícil encontrar algum brinquedo feito por Dim em praças, escolas, bibliotecas e parques pelo Ceará. Para visitar o Museu Dim Brinquedim, é preciso agendar com o próprio artista. A visitação pode ser feita a partir do dia 12 de outubro, das 8h30 às 17h. O preço é R$ 5 (adulto) e R$ 2,50 (criança).
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