MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 7 de outubro de 2012

Após voto em São Bernardo, Lula diz que mensalão não interfere na eleição


Após tomar café com Haddad, ele votou no ABC por volta das 11h30.
'Povo sabe o que é julgamento e o que é uma votação', disse ex-presidente.

Letícia Macedo Do G1 SP

Ex-presidente votou em São Bernardo do Campo na manhã deste domingo (Foto: Letícia Macedo/G1)Ex-presidente votou em São Bernardo do Campo
na manhã deste domingo (Foto: Letícia Macedo/G1)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou por volta das 11h30 deste domingo (7) na Escola Estadual João Firmino, em São Bernardo do Campo, no ABC. Por duas vezes nesta manhã, ele minimizou uma eventual influência do mensalão no resultado das eleições. "O povo sabe o que é julgamento e o que é uma votação", disse ex-presidente após votar.

No ABC, Lula estava acompanhado da ex-primeira dama Marisa Letícia e do candidato do PT à Prefeitura de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. Entre a chegada do presidente ao colégio e o térmico na votação, ele demorou 20 minutos no local.
Antes de votar, Lula tomou café com lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) e com Haddad em um hotel da região do Paraíso, na Zona Sul da capital paulista.
Lula e Haddad foram perguntandos sobre o julgamento do mensalão e minimizaram o impacto na campanha. "Nunca fui questionado na rua sobre esse assunto. Durante 60 dias, caminhando todos os dias em dois ou três lugares. As pessoas sabem discernir", comentou Haddad. "O povo não está preocupado com isso. O povo está preocupado se o Palmeiras vai cair e se o Fernando Haddad vai ganhar”, disse Lula, encerrando a entrevista.
Em São Bernardo do Campo, o ex-presidente foi novamente perguntado sobre os impactos do mensalão no desempenho de Haddad. "Não acredito que tenha interferido, porque o povo é muito inteligente e a sabe a diferença. O povo sabe o que é julgamento e o que é uma votação. O povo está querendo escolher um prefeito para cuidar da sua rua, do seu bairro, da sua vila, pra cuidar da sua cidade. E é isso que ele enxerga num candidato", disse.
Avaliação do PT
O ex-presidente também afirmou que considera a situação do PT como muito boa em toda a região do ABC, mesmo em cidades onde o partido possa não ganhar. Segundo ele, a performance da legenda será positiva.
Em relação à eleição na capital paulista, Lula elogiou Fernando Haddad e disse confiante que ele estará no segundo turno. Quando perguntado se o PT poderá pedir apoio ao PSDB caso o segundo turno em São Paulo seja disputado por Haddad e Celso Russomanno (PRB), Lula disse que todos os partidos são potenciais aliados.
"Aprendi que, quando a gente brigou por dois turnos, é porque no primeiro turno cada partido mostra sua força política, e no segundo a gente constrói a coalizão necessária para governar. Eu acho que quem for para o segundo turno com o Haddad será nosso adversário, mas quem não for será um potencial aliado, porque nós vamos procurar as pessoas para conversar”, disse Lula.
Lula considerou “remota ou inexistente” a possibilidade de um segundo turno entre Serra e Russomanno. Entretanto, não disse claramente qual deverá ser o posicionamento do PT diante deste quadro eventual. “O dado concreto é que, em 1994, quando o PT estava pensando em decidir voto nulo, nós votamos no Fleury, porque entendemos que era preciso evitar a volta do malufismo”. Perguntando quem seria o Maluf e o Fleury dessas eleições, Lula se esquivou, e disse que não sabia.
Crise com o PSB
Lula afirmou que não há qualquer crise entre o PT e o PSB, que faz parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff. “O PSB continua sendo nosso aliado. Algumas pessoas tentaram transformar uma divergência de Recife em uma divergência nacional. E não existe essa hipótese. Da mesma forma que o PT quis ter uma candidatura própria, se o PSB quiser ter candidatura própria, eu respeito, porque foi assim que o PT se consolidou". Segundo Lula, os dois partidos continuam aliados nos grandes projetos para o país.
Entre 8h e 17h deste domingo, na capital paulista, milhões de paulistanos vão às urnas para escolher o novo prefeito de São Paulo e também os 55 vereadores da Câmara Municipal. Os eleitores têm 12 opções de candidatos à Prefeitura e 1.227 de parlamentares, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nenhum comentário:

Postar um comentário