MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Apicultores conquistam certificação para própolis vermelha em Alagoas


Selo de Origem mudou a vida de criadores de abelha.
Alagoas passou a ser reconhecido como único estado produtor do produto.

Do Globo Rural

O Selo de Origem mudou a vida dos criadores de abelha que produzem própolis vermelha em Alagoas. Com a denominação de origem, Alagoas passa a ser reconhecido como o único estado produtor do produto.
A própolis vermelha só é encontrada na vegetação típica do manguezal. Há 140 produtores nos 22 municípios da costa alagoana. Todos eles são filiados à associação de apicultores e que esperavam ansiosos pela certificação. José Marinho, apicultor do município de Marechal Deodoro, espera ampliar o mercado nacional e internacional.
A própolis é uma resina fabricada pelas abelhas para vedar todas as frestas da colmeia. A particularidade da própolis produzida em Alagoas, além da cor, é uma substância chamada isoflavona, um produto natural com grande de aplicação na indústria de alimentos e farmacêutica.
Esse tipo de resina é mais consistente e pegajosa. Para produzi-las, as abelhas tiram matéria prima de árvores como a rabo de bugio. Quando há um corte no caule, a seiva oxida e apresenta coloração avermelhada. O vermelho intenso dá a cor para a própolis.
A planta existe do sul da Flórida, nos Estados Unidos, até o sul do Brasil, em Santa Catarina, além da África. A própolis na cor vermelha também existe em outros países. Mas só no Brasil ela contém um alto teor de isoflavona.
Para conseguir o selo de origem foi preciso elaborar um dossiê com um detalhamento científico. Os produtores contaram com a ajuda de várias universidades brasileiras. Junto com o Sebrae, a associação estabeleceu normas de produção, coleta e armazenamento.
O presidente da associação, Mário Calheiros, conta que o processo durou cinco anos. A fábrica feita sob padrões internacionais irá processar o produto para a venda. O coração do empreendimento é a máquina que recebe o álcool de cereais para dar origem ao extrato. O investimento com todo o maquinário e estrutura foi de R$ 200 mil. A associação aguarda a vistoria do Ministério da Agricultura para entrar em funcionamento.

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