MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 21 de outubro de 2012

Agrotóxico em lavouras é essencial para produção, diz Aprosoja de MT


Uso dos insumos não diminuiu nos últimos seis anos, diz IBGE.
Para Aprosoja, insumos são necessários para aumentar produção.

Vivian Lessa Do G1 MT

Colheita de soja é feita em Tangará da Serra, no Mato Grosso. O Brasil é o segundo maior produtor de soja no planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. (Foto: Andre Penner/AP)Uso de insumos não diminuiu nos últimos
seis anos, diz IBGE (Foto: Andre Penner/AP)
O uso de agrotóxicos no plantio das lavouras de soja em Mato Grosso é essencial para a sustentabilidade da atividade. É o que afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro, de olho nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram o aumento no número de estabelecimentos que utilizam agrotóxicos no país.
Apesar dos dados fazerem referência ao cenário de 2006, para Fávaro, a compra desses produtos, atualmente, não diminuiu, pelo contrário, se tornou fundamental para a continuidade do plantio dos grãos em Mato Grosso. Conforme ele, para manter a produção em crescimento, sem precisar aumentar novas áreas, o uso dos insumos é necessário e sustentável.
"Como é possível fazer até três safras por ano, considerando a pecuária, e ter a produção aumentando a cada ano sem precisar abrir novas áreas?", questiona ele apontando que o agrotóxico faz esse papel de conciliador. De acordo com ele, a sustentabilidade do negócio ganha força com o uso de produtos cada vez mais eficazes, por outro lado, menos nocivos ao meio ambiente.
Os dados do IBGE, divulgados nesta última sexta-feira (19) apontam que 66% dos entrevistados utilizam agrotóxicos. Mas na maioria dos estabelecimentos onde houve utilização de agrotóxicos não recebeu orientação técnica (56,2%).
O informe do IBGE aponta que os produtores, em sua maioria, se utilizam das tecnologias disponíveis de acordo com o sistema de produção predominante. Com o passar dos anos, há uma tendência do agricultor se especializar e lançar mão mais intensamente destas tecnologias, em detrimento de outras, como, por exemplo, as praticadas na agricultura orgânica ou agroecológica, que obteve baixa adoção entre os estabelecimentos (1,7%).
Associado a isso, há também uma utilização pouco expressiva da rotação de culturas em relação ao total de estabelecimentos (12,4%), principalmente, se for considerado que mais da metade deles não recebe assistência técnica para a aplicação desta prática (54,9%). Este cenário também não teve alteração na opinião do presidente da Aprosoja.
Ele explica que a rotação de culturas é impraticável em Mato Grosso porque o estado não tem estrutura logística para armazenar a produção. "A safra e a safrinha não podem ser consideradas com rotação de culturas, já que dentro da possibilidade agronômica é necessário uma restrição de plantio de aproximadamente um ano".

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