MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 9 de outubro de 2012

ACM Neto diz que não acredita na nacionalização da campanha

Patrícia França A TARDE

  • Lúcio Távora | Ag. A TARDE
    Para Neto, a vinda de Dilma a Salvador "não muda absolutamente nada"

O candidato do DEM a prefeito de Salvador, ACM Neto,  iniciou, nesta segunda-feira, 8, cedo, as tratativas com o ex-ministro Geddel Vieira Lima para trazer o PMDB para a sua aliança. Neto disse não acreditar na nacionalização da campanha no segundo turno nem que o PT fará pressões junto a presidente Dilma Rousseff  para impedir que o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, apoie o democrata na disputa pela capital baiana.
Para Neto, achar que Temer vai resolver  quem o PMDB da Bahia - que faz oposição ao governador Jaques Wagner (PT) - vai apoiar é "subestimar" a importância do ex-ministro, hoje vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica. "Geddel é homem que tem história, peso político, densidade eleitoral e que tem autonomia para tomar suas decisões", comentou Neto. "Mesmo que eventualmente seja para apoiar Pelegrino (candidato do PT), mas a autonomia e as condições Geddel tem. É ele que decide", frisou otimista o candidato democrata.
No domingo, em telefonema a Pelegrino, a presidente disse que virá participar de comício em apoio ao petista. Mas, para Neto, a vinda de Dilma a Salvador "não muda absolutamente nada". Segundo ele, a tese de que a presença de Lula no primeiro turno viraria o jogo não se confirmou. "O povo demonstrou, no domingo, que a escolha hoje não é para presidente, não é para governador, é para prefeito", pontuou ele.
Procurado por A TARDE, Geddel confirmou que o PMDB está conversando com o DEM, assim como faz com PT, e que "não teme nada" (represálias). "Quem me conhece sabe que não tomo decisões sob pressão. Minhas decisões levam em conta o que é melhor para o meu Estado, o partido, o País". O ex-ministro informou que até amanhã o PMDB anuncia se apoia o DEM ou o  PT. "Estamos ouvindo as bases, os deputados federais, estaduais, os vereadores", assinalou Geddel. Sobre Mário Kertész, que ficou em terceiro lugar com 9,4% dos votos válidos, Geddel adiantou que o peemedebista está afastado das negociações, já que retomou as atividades na rádio.
Kertész  sinalizou algumas vezes, no primeiro turno, que, caso perdesse, poderia fechar com a candidatura do petista Nelson Pelegrino. Iria na contramão, portanto, de um eventual apoio do PMDB ao DEM. Mas, ontem, Geddel garantir que Kertész está "afinado" com o partido.
Votos de Kertész - Líder no primeiro turno com mais de 5,6 mil votos sobre o oponente petista Nelson Pelegrino, ACM Neto adiantou que  vai conversar com todos os partidos e candidatos que não foram ao segundo. Mas não escondeu que o apoio de Mário Kertész, que obteve 121,8 mil votos na primeira rodada, seria muito bom para sua candidatura. Neto está convencido de que o segundo voto preferencial do eleitor  de Kertész irá para ele.
"Acho que vamos captar parte destes votos", acredita o democrata, destacando o peso político de Kertész. "Mário continuará sendo importante para a cidade, já que voltou para a rádio e continuará sendo figura importante para Salvador. Qualquer que seja o prefeito, tem que respeitar o espaço político e a história de Mário", disse Neto, num claro afago ao peemedebista.
Neto, que ontem reuniu a coordenação política de sua campanha para discutir os rumos do segundo turno, disse que seu grande trunfo, agora, é o tempo de televisão  e rádio, que passa a ser de 10 minutos, igual ao do petista. "Vai ser uma campanha em que terei mais possibilidade de mostrar propostas. A grande diferença é que o PT no primeiro turno, pelo tempo maior, conseguiu nos pautar. Agora, muda de figura".

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