MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vulcões inativos constroem a paisagem do Litoral Sul de PE


Há pelo menos nove nos municípios de Sirinhaém, Ipojuca e Cabo.
Locais inspiram fábulas contadas por antigos moradores.

Do G1 PE

Conhecidos pelas belas praias de águas cristalinas, os municípios do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Sirinhaém guardam outras surpresas para moradores e visitantes: vulcões. Pesquisas apontam que há, pelo menos, nove corpos de rochas vulcânicas da região do Litoral Sul pernambucano, todos inativos. A última erupção teria ocorrido há 102 milhões de anos.

Nas terras da Usina Ipojuca, com mais de 45 metros de altura, está o chamado Neck Vulcânico, o mais famoso da região. Composto de granito e óxido de silício, o vulcão atrai turistas e pesquisadores de várias partes do país. O nome dele é o que é dado à garganta do vulcão, que fica abaixo da cratera, por onde sai os gases e as lavas. “Nessa região, você tem entre oito e nove rochas de corpos vulcânicas, a exemplo do de Ipojuca. São vários plugs (sobras) e necks desse tipo de material”, contou Marcos Nascimento, professor de geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Na época em que surgiram, os continentes africano e americano ainda eram ligados. Pesquisadores dizem que o último trecho que se deslocou foi exatamente onde hoje estão as cidades de Sirinhaém, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho. Esse deslocamento ocorreu justamente no período de maior atividade vulcânica nessa região.

Em torno dos imensos paredões, hoje coberto de plantas, muitas fábulas foram criadas. “Essa grande pedra era, na realidade, um reino que, durante um dia do ano, se abria. Então, algumas pessoas podiam ver festas maravilhosas”, exemplificou o historiador Ivo Almeida, baseado nas histórias que as populações mais antigas contavam.

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