Há duas balsas paradas distante cerca de 17 horas da capital.
Em 15 dias, segundo o sindicato, preço da gasolina deve subir.
Seca do Rio Madeira acarreta falta de combustível em Porto Velho (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
A baixa do Rio Madeira deixa duas balsas que transportam combustível de Manaus, AM, para Porto Velho,
encalhadas. As embarcações estão a cerca de 17 horas de Porto Velho. Em
alguns postos da cidade já não há gasolina disponível. Companhias de
petréleo começam a transportar os produtos via terrestre, o que deve
encarecer o valor para o consumidor dentro de 15 dias, diz Volmir Ramos,
presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Devirados de Petróleo e
Lubrificantes do Estado de Rondônia
(Sindipetro-RO). O transporte fluvial custa em média seis centavos
enquanto o terrestre custa 35. Motoristas de caminhões tanques reclamam
da falta de serviço durante este período de seca.De acordo com Sandro Gomes, funcionário de um posto de combustível, desde terça-feira (18) não há gasolina no posto. "Falta gasolina porque só chegam balsas pequenas, com pouca carga. As grandes encalham por causa da seca e não conseguem passar. Não conseguimos de outra forma", afirma o funcionário.
Bombas de gasolina ficam cobertas por falta de
combustível (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Na segunda quinzena de agosto,
os postos de combustíveis já começavam a ter a gasolina raciondada. Os
tanques que eram abastecidos com até 15 mil litros diários, com o
racionamento as distribuidoras só liberavam cinco mil litros por dia. De
acordo com o Volmir Ramos a racionalização do combustível vai continuar
até o nível do Rio Madeira voltar a subir.combustível (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Enquanto as balsas não chegam a Porto Velho, os caminhoneiros que trabalham transportando combustível ficam parados. "Nós ganhamos por carga. Aqui na cidade a média de R$ 80 a cada cinco mil litros. Quando a balsa não chega, ficamos sem salários", enfatiza um dos tanqueiros.
Segundo ele, o dono do posto de combustível liga e solicita o frete. Um outro motorista transporta combustível para Guajará-Mirim, RO. Ele explica que o frete até a cidade custa em média R$ 5 mil. "Nós temos muitas dificuldades. Só podemos rodar durante o dia e com este atraso, atrapalha todo o nosso trabalho", explica o motorista.
O presidente do Sindipetro destaca que algumas companhias de combustível já começaram o transporte de combustível via terrestre, trazendo da cidade de Paulínia, SP, para Rondônia. "Esse transporte encarece o produto e dentro de de no máximo 15 dias o valor vai subir para o consumidor", afirma Volmir.
Na tarde desta sexta-feira uma balsa descarregava gasolina em Porto Velho (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
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