MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 22 de setembro de 2012

Seca do Rio Madeira deixa postos de Porto Velho sem gasolina


Há duas balsas paradas distante cerca de 17 horas da capital.
Em 15 dias, segundo o sindicato, preço da gasolina deve subir.

Do G1 RO

Seca do Rio Madeira acarreta falta de combustível em Porto Velho (Foto: Ivanete Damasceno/G1)Seca do Rio Madeira acarreta falta de combustível em Porto Velho (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
A baixa do Rio Madeira deixa duas balsas que transportam combustível de Manaus, AM, para Porto Velho, encalhadas. As embarcações estão a cerca de 17 horas de Porto Velho. Em alguns postos da cidade já não há gasolina disponível. Companhias de petréleo começam a transportar os produtos via terrestre, o que deve encarecer o valor para o consumidor dentro de 15 dias, diz Volmir Ramos, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Devirados de Petróleo e Lubrificantes do Estado de Rondônia (Sindipetro-RO). O transporte fluvial custa em média seis centavos enquanto o terrestre custa 35. Motoristas de caminhões tanques reclamam da falta de serviço durante este período de seca.
De acordo com Sandro Gomes, funcionário de um posto de combustível, desde terça-feira (18) não há gasolina no posto. "Falta gasolina porque só chegam balsas pequenas, com pouca carga. As grandes encalham por causa da seca e não conseguem passar. Não conseguimos de outra forma", afirma o funcionário.
"O rio tem alguns pontos críticos onde o comboio de balsas não consegue passar. É preciso desmembrar e passar balsa por balsa. Essa operação atrasa em um dia a viagem", explica Volmir.
Bombas de gasolina ficam cobertas por falta de combustível (Foto: Ivanete Damasceno/G1)Bombas de gasolina ficam cobertas por falta de
combustível (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Na segunda quinzena de agosto, os postos de combustíveis já começavam a ter a gasolina raciondada. Os tanques que eram abastecidos com até 15 mil litros diários, com o racionamento as distribuidoras só liberavam cinco mil litros por dia. De acordo com o Volmir Ramos a racionalização do combustível vai continuar até o nível do Rio Madeira voltar a subir.
Enquanto as balsas não chegam a Porto Velho, os caminhoneiros que trabalham transportando combustível ficam parados. "Nós ganhamos por carga. Aqui na cidade a média de R$ 80 a cada cinco mil litros. Quando a balsa não chega, ficamos sem salários", enfatiza um dos tanqueiros.
Segundo ele, o dono do posto de combustível liga e solicita o frete. Um outro motorista transporta combustível para Guajará-Mirim, RO. Ele explica que o frete até a cidade custa em média R$ 5 mil. "Nós temos muitas dificuldades. Só podemos rodar durante o dia e com este atraso, atrapalha todo o nosso trabalho", explica o motorista.
O presidente do Sindipetro destaca que algumas companhias de combustível já começaram o transporte de combustível via terrestre, trazendo da cidade de Paulínia, SP, para Rondônia. "Esse transporte encarece o produto e dentro de de no máximo 15 dias o valor vai subir para o consumidor", afirma Volmir.
Na tarde desta sexta-feira uma balsa descarregava gasolina em Porto Velho (Foto: Ivanete Damasceno/G1)Na tarde desta sexta-feira uma balsa descarregava gasolina em Porto Velho (Foto: Ivanete Damasceno/G1)

Nenhum comentário:

Postar um comentário