MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Reunião pede ações emergenciais para crise da alta do milho em SC


Proposta é criar gabinete de crise por causa da gravidade do cenário.
Medidas como subsídio para transporte de milho devem ser tomadas.

Do G1 SC

Reunião sobre crise vivida pelo setor em função da alta do custo do milho (Foto: Filipe Scotti/FIESC)Reunião sobre crise vivida pelo setor em função da
alta do custo do milho (Foto: Filipe Scotti/FIESC)
Nesta quinta-feira (13), em reunião na Federação das Indústrias (FIESC) em Florianópolis, entidades ligadas à cadeia agroindustrial brasileira cobraram do Ministério da Agricultura e Pecuária ações emergenciais para aliviar a crise vivida pelo setor em função da alta do custo do milho que chega ao Estado.
Considerando a gravidade do cenário e o risco de se inviabilizar o modelo catarinense de produção, baseado na integração entre os produtores e a agroindústria, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, propôs a criação de um gabinete de crise com integrantes do governo e do setor privado. "É uma questão que não pode ser tratada uma vez por semana, mas que demanda preocupação 24 horas por dia, sete dias por semana. E a cadeia agroindustrial catarinense faz questão de participar desse comitê de crise", disse Côrte ao secretário Rocha, no final da reunião.
Em documento que será levado à presidente Dilma Rousseff, e aos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, a agroindústria defende medidas de curto prazo, como a adoção do prêmio de transporte do milho, ou seja, um subsídio de R$ 5 para que o insumo, que hoje chega ao Estado a R$ 32, possa ser depositado aqui a R$ 27.
Além disso, foi solicitada uma linha especial de crédito para as agroindústrias, cooperativas e produtores, para aquisição de milho e farelo de soja, com fundo garantidor do governo federal. O aumento no preço do milho se deve à escassez na oferta do produto, causada pela seca na safra dos principais países produtores. Com isso, houve redução do volume do insumo para a comercialização e, consequentemente, o preço da commodity aumentou.
O presidente da Câmara da Agroindústria da FIESC, Mário Lanznaster, afirmou que, pelo planejamento das empresas, a saca do milho deveria chegar ao Oeste em torno dos R$ 25. "Pedimos o empenho forte para resolver a situação. Precisamos trazer milho de imediato porque tem frango e suíno passando fome. Estamos precisando dos insumos hoje", enfatizou, destacando que o preço da carne deve aumentar e pressionar a inflação.
"O setor agroindustrial assim como a indústria de transformação já passaram por dificuldades e crises, mas pela primeira vez estamos falando em salvar o setor. É uma situação sem precedentes. Vamos nos empenhar e essa reunião reflete a disposição de trabalhar em conjunto para encontrar uma solução urgente", disse Côrte, salientando a união das diversas entidades presentes ao encontro.
Uma das solicitações feitas pela agroindústria, anunciou Rocha, será viabilizada no próximo dia 27, na reunião do Conselho Monetário Nacional. É o aumento de R$ 70 mil para R$ 140 mil, por produtor, no custeio pecuário. "Estamos tentando ver se conseguimos pagar um prêmio para o produtor, indústria ou cooperativa, que se dispõe a ir buscar milho no estoque público do governo. Tem funcionado com alguns estados do Nordeste. Ainda não está funcionado com os Estados do Sul", disse Rocha, ressalvando, contudo, que o governo ainda estuda essa medida. Os estoques do governo ficam no Mato Grosso ou Goiás.

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