MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Propagação da ferrugem asiática na soja guaxa é preocupante em MT


Segundo o Mapa, falta ação dos produtores para a eliminação das plantas.
Multa chega a R$ 50 por hectare em áreas onde tiver plantas de soja guaxa.

Do G1 MT

Soja guaxa Mato Grosso (Foto: Wanderlei Dias Guerra/Mapa)Soja guaxa pode ameaçar a próxima safra em MT
(Foto: Wanderlei Dias Guerra/Mapa)
A propagação da ferrugem asiática nas plantas de soja que nascem às margens das rodovias de Mato Grosso, chamadas também de guaxa, se transformou em um sinal de alerta para o plantio da cultura que se inicia a partir de 15 de setembro, quando termina o vazio sanitário. Somente na safra passada (2011/2012), a doença resultou em perdas financeiras na comercialização de R$ 364 milhões, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A situação, segundo o coordenador da Comissão de Defesa Vegetal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA), em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, é preocupante já que vem com caráter de novidade para o setor. “É a primeira vez que registramos uma situação tão crítica, já que encontramos muita soja guaxa e em quase todas havia a presença da ferrugem asiática”, pontuou.
Segundo ele, o clima influenciou o cenário, mas a falta de mobilização dos produtores foi o que mais contribuiu para a situação alarmante. “Sabemos que nas rodovias que circundam as propriedades rurais o trabalho de eliminar as plantas é do produtor. No entanto, nas áreas onde não há plantio não existe responsáveis para retirar a soja. Mas o que vale ressaltar é que são os agricultores penalizados caso a doença avance para a lavoura”, salientou.  Wanderlei Guerra afirmou ainda que as entidades representativas do setor precisam se organizar para promover a eliminação dessas plantas.
Há algumas semanas, técnicos da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) visitaram as principais regiões produtoras de soja do estado para verificar a efetividade do vazio sanitário. Conforme o representante do Mapa no estado, os municípios de Primavera do Leste, Campo Verde e Sorriso são os mais afetados com a soja guaxa.
De acordo com Karine Gomes Machado, analista de agricultura da Famato, os produtores são devidamente orientados sobre os riscos da soja guaxa. “Alertamos a todos os produtores que façam a destruição das plantas vivas de soja em suas propriedades de forma mecânica ou química se o clima permitir. Lembrando que caso seja feito o arranque manual, é importante realizar a incineração das plantas”, explicou Karine.
MultasA analista também lembra que a presença da soja involuntária pode resultar em multas ao produtor rural, que podem chegar a R$ 50 por hectare de área onde plantas de soja guaxa forem encontradas. “Vale ressaltar que muito mais importante que a multa é a questão sanitária. Se não forem tomados os devidos cuidados, o potencial da próxima safra, que tem tudo para ser a maior da história, pode ser afetado”, finalizou.

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