Funcionários faziam aplicação de agrotóxico sem equipamento de proteção.
Quem usa luvas, precisa comprar com dinheiro próprio.
Em terra, a equipe viu de perto a realidade de quem trabalha na colheita.
Uma fazenda na divisa entre Mogi Guaçú e Conchal tem uma estrutura aceitável no campo, banheiros químicos para homens e mulheres e um refeitório, mas conversando com os funcionários, começaram a aparecer as irregularidades. Poças d´água acumularam o que sobrou da pulverização de dois dias antes.
Em outra fazenda em Águas de Lindóia, o problema é parecido. O que preocupa nessas fiscalizações é o contato que as pessoas têm com o veneno.
Regiane usa luvas hospitalares, mas tem que comprar, quando na verdade a obrigação de oferecer o equipamento é do patrão. Como grande parte dos trabalhadores da fazenda, ela veio de Apiaí, no sul do estado, há três meses. Até agora não foi registrada e vive em uma casa caindo aos pedaços.
Mesmo com tantos problemas, quem depende do trabalho se sente impotente na hora de exigir os direitos garantidos por lei.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, os donos das propriedades tem até quinta-feira (06), para apresentar a documentação dos trabalhadores regularizada. Eles também devem fornecer os equipamentos de proteção.
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