General diz que cada um tem direito de defender seu ponto de vista.
Governador Eduardo Campos afirmou que não é tempo de revanche.
A data serviu também para uma manifestação que lembrava as vítimas do regime militar, que governou o País por 21 anos. Os manifestantes tentaram pacificamente chegar perto das autoridades, com faixas e cartazes, mas foram impedidos pelos soldados, que formaram um cordão de isolamento, também sem violência. Odilson Benzi encarou a manifestação com naturalidade: “Acho que cada um tem o direito de defender o seu ponto de vista, não foi nenhuma surpresa”.
Nesse momento, Eduardo Campos lembrou que teve perseguidos políticos na própria família. Ele é neto de Miguel Arraes, que foi três vezes governador de Pernambuco, e foi um exilado político - em 1964, com a instalação do regime militar no Brasil, Arraes recusou-se a renunciar e teve seu mandato cassado, sendo preso, depois obrigado a ir morar na Argélia e condenado a 23 anos de prisão por crimes contra a segurança nacional. “Quando eu era estudante também participei de muitos protestos, construímos a democracia exatamente para as pessoas terem o direito de se expressar. Quem viveu em 64, minha família viveu, muitas pessoas foram vitimadas, amigos foram mortos. Temos que ter a consciência de que construímos a democracia e precisamos olhar para frente. Aprendemos, todos. Acho que Pernambuco foi o primeiro estado a estabelecer a Comissão da Verdade para que a gente possa contar o que ainda não foi contado. Para que o estado brasileiro responda por isso. Mas não é tempo de revanche, é tempo de olhar para o futuro”, afirmou Eduardo Campos.
Após a homenagem a Gonzagão, aconteceu o desfile de proclamação da independência, aberto pelos 5.500 mil alunos de 63 escolas particulares e públicas da capital pernambucana. Na arquibancada, a evolução das balizas e a apresentação das bandas marciais das escolas fizeram sucesso, e muita gente aproveitou a câmera do celular para filmar todos os momentos.
A festa contou ainda com o grupamento da Aeronáutica que fez parte das forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, além do tradicional sobrevoo dos aviões da Força Aérea, da banda de música da Polícia Militar, Capitão Zuzinha, e dos cães da PM. Em seguida, a Companhia de Guarda do Exército se apresentou com tiros de festim. Encerrando os desfiles, os carros de guerra e a cavalaria da PM passaram pela avenida.
Cabo de Santo Agostinho
No Cabo, Região Metropolitana do Recife, o desfile de 7 de setembro reuniu 43 escolas, que circularam na Avenida Historiador Pedeira, no centro da cidade. Mesmo com o calor de quase 35 graus e o sol forte, o público não abandonou o evento. "A gente vem com a sombrinha, se protege na sombra como der... É muito bom estar aqui", diz a dona de casa Ana Paula Gomes.
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