No Dia da Árvore, capixabas incentivam preservação da natureza

Com 'floresta' no quintal, aposentado destaca importância da preservação.
Dia da Árvore é comemorado no dia 21 de setembro.

Do G1 ES com informações da TV Gazeta

A pequena "floresta" no quintal do aposentado Edwaldo Almeida não esconde a preferência do morador de Guarapari, na região Metropolitana do estado, por tudo que é natural. Já são 12 anos plantando árvores, bom exemplo que recebeu do pai. Neste Dia da Árvore, 21 de setembro, o exemplo que fica é a preservação do que há de mais antigo do Espírito Santo: a natureza.
O aposentado se lembra da primeira árvore plantada, um pé de acerola. "Depois plantei um coqueiro, depois uma palmeira, pé de limão, banana, laranja", disse. Hoje, já são mais de 44 plantas nos mais de 70 metros quadrados de área verde, entre frutíferas, ornamentais e até medicinais.

Almeida ainda disse acreditar que a natureza retribui a iniciativa de preservação ambiental. "Eu tenho a ajuda dos passarinhos, a natureza me retribui isso. Eles vêm, recebem o alimento e depois plantam algumas coisas para mim. Tenho o exemplo de um pé de maracujá nativo, que já comecei até a colher frutos, e que está tomando conta do quintal", contou.
Para o biólogo Edson Valpassos, que nasceu no Dia da Árvore, é importante também preservar o verde que já existe e faz parte da história das cidades. No caso de Vitória, as duas grandes figueiras, antigas moradoras do bairro Jardim da Penha, podem não ser as árvores mais indicadas para o local, mas roubam a atenção dos que passam por lá, com 15 metros de altura e quase quatro de diâmetro.
"Essa árvore não é mais adequada para o paisagismo urbano, mas uma vez que já existe, não deve ser retirada. Basta apenas controlá-la, no caso das raízes nas calçadas e na rede de esgoto e água", explicou.

As duas figueiras de Jardim da Penha, em Vitória, têm mais de 15 metros de altura (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

O 'Gigante' do Espírito Santo
Já na região do Rio Doce do Espírito Santo, precisamente no município de João Neiva, outra árvore que também motiva a preservação da natureza é o maior jequitibá rosa do estado, pela nobreza desse "gigante"da Mata Atlântica local. Com 30 metros de altura e 20 metros de diâmetro, este foi o único que permaneceu na região.

De acordo com os moradores, haviam oito jequitibás do tipo na área preservada e a responsável pelo desmatamento foi a cobiça pela madeira de alto valor econômico. Hoje, o jequitibá rosa é uma árvore em extinção.
"A gente cresceu com essa idéia de preservação, por isso a árvore está lá e a gente fica muito agradecido de ter contribuído com isso", explicou o produtor rural José Alonso Cometti, que foi uma das pessoas que impediu o corte do jequitibá.