MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 15 de setembro de 2012

Mulheres entre 40 a 50 anos do AM são maioria com diabetes em hospital


Pacientes têm primeiro grau incompleto, histórico na família e sobrepeso.
Pesquisa foi realizada por doutor, coordenadora e estudante da Ufam.

Do G1 AM

Diabéticos poderão realizar diversas avaliações (Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá)Avaliação abrangeu paciente da Fundação Alfredo da
Matta (Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá)
As mulheres na faixa etária entre 40 a 50 anos são maioria entre os pacientes com diabetes atendidos no Ambulatório Araújo Lima, da Fundação Alfredo da Matta (Fuam). Os dados são de pesquisa realizada pela coordenadora Deborah Laredo Jezini, pela acadêmica de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Thyara Gonzalez, e pelo doutor Marcelo Tapajós.
Ainda de acordo com o estudo, a maioria das pacientes tem primeiro grau incompleto, histórico da doença na família e apresentam sobrepeso. Durante a pesquisa, foi constatado também que os pacientes já traziam algumas complicações graves decorrentes da própria doença. Alguns dos pacientes já tiveram ou têm doenças cardiovasculares, infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e até amputações.
"O que nós percebemos é que por mais que se aplique o tratamento adequado eles já chegam ao ambulatório numa etapa mais avançada, ou seja, apresentam o diabetes de longa data, mas recebiam ou mantinham um tratamento correto", relatou a estudante.
A pesquisa realizou a revisão de 303 prontuários no período de abril de 2009 a abril de 2011. Outra incidência percebida pelos pesquisadores no serviço laboratorial foi a crescente frequência de pacientes ainda jovens com sintomas de diabetes. "Eu acompanho o laboratório de endocrinologia há três anos, o que nos chamou muita atenção é o crescimento de pacientes jovens com diabetes tipo 1 já em estágio de evolução", ressaltou Gonzalez, que durante o projeto traçou as características sociodemográficas e comportamentais desses pacientes.
"Durante o trabalho queríamos descobrir quem eram os nossos pacientes e constatar também como estava a evolução da doença nos paciente atendidos pelo ambulatório. Outro ponto importante foi analisar se os pacientes estavam seguindo o tratamento aplicado", destacou.
Resultados
Segundo Gonzalez, com o exame chamado ‘hemoglobina glicosilada’, que testa o nível de glicose no sangue do paciente nos últimos três anos, foi possível perceber um certo agravamento na situação dos casos analisados. "A hemoglobina glicosada, menor ou igual a 6,5% indica um paciente que está no nível adequado sem grandes complicações, mas o que se encontrou foi um nível muito acima dessa porcentagem", afirmou.
Outro dado revelado pelo grupo foi na questão do nível escolar. Devido à falta de informações e também o não entendimento da própria doença pode-se perceber que há um fator que vem agravando o quadro dos doentes que o ambulatório vem cuidando. "O Brasil apresenta 12 milhões de pacientes com diabetes e esse número vai ter mais que triplicado na estimativa para 2030. Isso assusta, porque são pacientes sendo diagnosticados tardiamente, e não se tem como desacelerar esse processo se não houver uma intervenção imediata", destacou a estudante.
Para a acadêmica, o melhor remédio para a prevenção do diabetes são os exercícios físicos e uma alimentação balanceada. O próximo passo dos pesquisadores é montar um grupo multidisciplinar, onde o paciente vai ser monitorado diariamente, com melhor orientação sobre a doença.

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