MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Mercado ganha fôlego e exporta maior volume de carne desde 2010 em MT


Indústrias embarcaram 17,4 mil toneladas e movimentaram US$ 85 milhões.
Para especialistas, há recuperação em mercado da carne bovina.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Produção de carne bovina em frigorífico de Barretos, SP (Foto: Reprodução EPTV)Produção de carne bovina ganhou ritmo no estado
(Foto: Reprodução EPTV)
As exportações de carne bovina in natura recuperaram o fôlego no mês de agosto, resultado da soma de fatores que englobam desde a valorização da proteína, da moeda norte-americana até a abertura e conquista de novos mercados. Ao remeter 17,4 mil toneladas ao mercado externo o estado comemorou o melhor desempenho neste ano, além de o nível no mês tornar-se o maior desde agosto de 2010, quando 18,2 mil toneladas ganharam como destino diferentes países do mundo.
O volume financeiro movimentado atingiu a cifra de US$ 85 milhões. Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), diz que o cenário de alta revela uma recuperação para o setor da carne.
"Com o câmbio em alta, a rentabilidade da carne melhora porque a commodity é cotada em dólar. Além disso, em virtude dos problemas externos, a carne está mais valorizada no mercado internacional", destacou o dirigente.
O gestor do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, fala ainda em ganhos em competitividade. "Ganhamos mais mercado em função do câmbio", complementou.
Se por um lado o embargo russo à proteína animal ainda impacta no desempenho comercial da unidade federada, por outro a conquista de novas rotas também elevou o patamar de negociações.

"O mercado russo enfraqueceu [o volume de negócios]. Conforme os mercados mais importantes foram perdendo espaço outros países tornaram-se destaque, inclusive o Egito e também o Chile, que em agosto representou 40% das 17 mil toneladas de carne exportadas", citou Latorraca.
Luciano Vacari, da Acrimat, diz que o redirecionamento de mercado foi a saída para amenizar os efeitos da restrição comercial. "O estímulo para esta maturidade do mercado, infelizmente, foi o embargo russo. Mas com isso percebemos a possibilidade de ampliar nossas vendas, principalmente quando a Rússia retomar as compras, visto que é um importante cliente do qual não podemos abrir mão".
Mas o dirigente lembra também que o crescimento nas exportações está associado não apenas ao fator mercado financeiro, mas também à alta no volume embarcado em decorrência da utilização de capacidade de abate pelos frigoríficos.
Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária mostram que o uso da capacidade de abate saltou de 37% para 40% no último ano. O aumento mensal no volume de abates chegou a 21,9%, enquanto o acumulado de oito meses chegou a 6,9%. De janeiro a agosto deste ano as indústrias abateram 100,4 mil toneladas, enquanto no igual período de 2011 outras 93,9 mil toneladas.
PaísesPrincipal cliente de Mato Grosso no mês de agosto, só o Oriente Médio importou US$ 30,3 milhões em carne, acompanhado na sequência pela União Europeia, com US$ 11,2 milhões. Já a Venezuela e a China importaram, respectivamente, US$ 9 milhões e US$ 4,7 milhões. Para demais países foram exportados US$ 29,5 milhões.
Economista do Imea, Daniel Latorraca ressalta também que em função do crescimento das exportações, Mato Grosso elevou sua participação no cenário brasileiro. Passou de 17,1% em julho para 19,2% em agosto a contribuição no volume total embarcado.

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