MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 15 de setembro de 2012

Impostômetro já marca R$ 1 trilhão e Feirão protesta contra altas taxas


Visitantes reagem com indignação ao descobrirem o valor dos tributos.
'A caipirinha não é doce, é salgada', brinca visitante, sobre taxa de 76,66%.

Cristiane Cardoso Do G1 RJ

Consumidores ficam chocados quando descobre o porcentagem de imposto no valor cobrado do produto (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Consumidores se chocam ao descobrirem a
porcentagem de imposto no valor cobrado em
produtos (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
Mais de mil de pessoas, segundo os organizadores, passaram pelo Feirão do Imposto, realizado pelo Conselho Empresarial de Jovens Empreendedores da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), até a tarde deste sábado (15), na estação do bondinho do Corcovado, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio.
O objetivo da feira é conscientizar a população sobre a alta incidência de impostos pagos nos produtos e serviços que fazem parte da rotina diária.
“As pessoas têm reações impressionantes quando percebem que não sabem para onde vai o imposto. É consenso da maior parte que, por mais que saibam que o dinheiro vai para o governo, eles não conseguem perceber um investimento na sociedade”, declarou Mateus Aguiar, Presidente do RioJúnior e um dos organizadores da feira.
Por volta de 15h30 deste sábado, o sistema Impostômetro mostrava que os brasileiros pagaram desde janeiro mais de um R$ 1 trilhão (R$ 1.065.204.811.851,22) em imposto. A quantia é suficiente para construir mais 75 mil salas de aula equipadas.
“Isso choca demais as pessoas. Eles não fazem idéia do que pagam em imposto”, concluiu Marcus Barão, um dos idealizadores da feira.
Em uma garrafa de um litro de água mineral são cobrados 37% de tributo (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Sobre uma garrafa de um litro de água incidem
37,88% de tributo.(Foto: Cristiane Cardoso/G1)
Segundo Marcus, a primeira reação da população é choque e indignação. Passado este momento, elas desejam saber o que fazer. Para isso, foi criado um movimento em que os organizadores do evento estão recolhendo assinaturas da população. Segundo Mateus, centanas já foram coletadas. "Desejamos criar um movimento resistente para que fique claro como estes impostos são investidos e para onde vão.”
Na feira foram expostos alimentos perecíveis e outros produtos com o preço sem imposto e o valor com tributos. Como a garrafa de um litro de água cujo valor repassado aos consumidores possui 37,88% de taxas. Segundo Barão, a vodka é o produto com maior incidência de imposto: 81%.
A capirinha foi o item que mais chocou o vistante Josias Gregório. Do valor pago, 76,66% são em imposto. “A gente paga e não sabe. A caipirinha não é doce, é salgada. Não imaginava que era isso tudo”, declarou Josias.
Além de produtos perecíveis, também foram dispostos eletrodomésticos, produtos eletrônicos e artigos de beleza. (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Além de produtos perecíveis, também foram
dispostos eletrodomésticos, produtos eletrônicos e
artigos de higiene. (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
A dona de casa Silvana Panisset, de 28 anos, também ficou surpresa com os números que encontrou na feira. “É assustador porque a gente não vê isso. A gente pula de um supermercado para o outro e agora acho que o supermercado tira o lucro deles para dar desconto para gente.”
A jovem foi uma das pessoas que decidiu assinar a lista e aderiu ao movimento que visa clareza na arrecadação e emprego do tributo. "A gente fica preso, porque tem que comer, tem que consumir. O jeito é pular de supermercado em supermercado e assinar já porque a solução é a longo prazo", declarou Silvana.
O evento é realizado todos os anos e ocorre simultaneamente em diversas cidades brasileiras, promovido pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje).

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