Através do Rio Madeira mercadorias são escoadas para outros estados.
No verão amazônico empresas têm dificuldade de transporte no rio.
Órgãos ressaltam a importância da construção da Hidrovia do Madeira (Foto: Shara Alencar/GLOBOESPORTE.COM)
Autoridades políticas se reuniram nesta segunda-feira (17) no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Porto Velho
para discutir a implantação da hidrovia do Rio Madeira. O evento 'IV
Fórum Hidrovia Já' tem objetivo de acelerar as discussões sobre a
viabilidade econômica da hidrovia em Rondônia.
O Rio Madeira possui 1.056 quilômetros navegáveis, rota importante de
entrada e saída de mercadorias e pessoas dos estados de Rondônia, Acre e
norte do Mato Grosso.O comandante do 9º Distrito Naval, que abrange Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima, Antonio Carlos Frade Carneiro, ressalta a importância desta construção. "O Rio Madeira é uma artéria principal na economia do estado e do país. Há tempos tentamos incluir o rio no programa do governo federal de construção da hidrovia. Na verdade ele já está incluído, mas ainda falta começar a funcionar", diz o comandante.
O Rio Madeira apresenta duas épocas bem distintas, o verão e o inverno amazônico. No inverno, quando começa a estação de chuva no final do mês de setembro até o início de março, a profundidade do rio é maior. Em 2012, o índice mais alto registrado pela Delegacia Fluvial foi no dia 12 de março, com 15,68 metros marcados na régua. Entretanto, chegou a registrar no dia 17 de setembro de 2011, 2,88 metros de profundidade no verão amazônico, quando as chuvas diminuem durante o final de março a início de setembro.
Raimundo Holanda, presidente do Sindicato das Empresas de Navegação do estado (Sindfluvial) enfatizu a importância da hidrovia. "Precisamos de um rio que nos dê suporte durante o ano todo, seja inverno ou verão, porque é daqui que transportamos o que produzimos, exportamos e importamos o que nos falta. Precisamos do Madeira navegável, e isso só conseguiremos com a construção da hidrovia", lembra Raimundo. Explica ainda o que seria uma hidrovia ideal. "O que nós precisamos é de um rio todo sinalizado, balizado, com dragagem dos bancos de areia e derrocagem de pedras. Para se ter ideia, com os equipamentos que utilizamos hoje para o transporte fluvial no Madeira, na época de inverno é possível transportar até 40 mil toneladas ou 1,5 mil carretas, enquanto no verão essa capacidade reduz para nove mil toneladas", explica Raimundo.
Porto do Cai n'Água é ponto de entrada e saída de
mercadorias do estado (Foto: Marcela Ximenes/G1)
O presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Soph),
Ricardo Sá Vieira, também ressaltou a necessidade da construção. "Todo o
combustível de Rondônia, do Acre e do Norte do Mato Grosso, chega pelo
Rio Madeira, transportamos cerca de 40 mil pessoas por ano, escoamos
produtos até para a Europa, a Ásia e o Oriente Médio a partir daqui. A
hidrovia, influenciará de maneira decisiva na economia da região",
enfatizou Ricardo.mercadorias do estado (Foto: Marcela Ximenes/G1)
O governador de Rondônia Confúcio Moura ressalta que é preciso investir na hidrovia, de forma significativa e explica que há vontade política nisso, mas que a burocracia muitas vezes tem atrasado o projeto. "Temos que investir pesado para vencer a burocracia", lembra o governador
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