MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Implantação da hidrovia do Rio Madeira é discutida em Porto Velho


Através do Rio Madeira mercadorias são escoadas para outros estados.
No verão amazônico empresas têm dificuldade de transporte no rio.

Larissa Matarésio Do G1 RO

Órgãos ressaltam a importância da construção da Hidrovia do Madeira (Foto: Shara Alencar/GLOBOESPORTE.COM)Órgãos ressaltam a importância da construção da Hidrovia do Madeira (Foto: Shara Alencar/GLOBOESPORTE.COM)
Autoridades políticas se reuniram nesta segunda-feira (17) no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Porto Velho para discutir a implantação da hidrovia do Rio Madeira. O evento 'IV Fórum Hidrovia Já' tem objetivo de acelerar as discussões sobre a viabilidade econômica da hidrovia em Rondônia. O Rio Madeira possui 1.056 quilômetros navegáveis, rota importante de entrada e saída de mercadorias e pessoas dos estados de Rondônia, Acre e norte do Mato Grosso.
O comandante do 9º Distrito Naval, que abrange Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima, Antonio Carlos Frade Carneiro, ressalta a importância desta construção. "O Rio Madeira é uma artéria principal na economia do estado e do país. Há tempos tentamos incluir o rio no programa do governo federal de construção da hidrovia. Na verdade ele já está incluído, mas ainda falta começar a funcionar", diz o comandante.
O Rio Madeira apresenta duas épocas bem distintas, o verão e o inverno amazônico. No inverno, quando começa a estação de chuva no final do mês de setembro até o início de março, a profundidade do rio é maior. Em 2012, o índice mais alto registrado pela Delegacia Fluvial foi no dia 12 de março, com 15,68 metros marcados na régua. Entretanto, chegou a registrar no dia 17 de setembro de 2011, 2,88 metros de profundidade no verão amazônico, quando as chuvas diminuem durante o final de março a início de setembro.
Raimundo Holanda, presidente do  Sindicato das Empresas de Navegação do estado (Sindfluvial) enfatizu a importância da hidrovia. "Precisamos de um rio que nos dê suporte durante o ano todo, seja inverno ou verão, porque é daqui que transportamos o que produzimos, exportamos e importamos o que nos falta. Precisamos do Madeira navegável, e isso só conseguiremos com a construção da hidrovia", lembra Raimundo. Explica ainda o que seria uma hidrovia ideal. "O que nós precisamos é de um rio todo sinalizado, balizado, com dragagem dos bancos de areia e derrocagem de pedras. Para se ter ideia, com os equipamentos que utilizamos hoje para o transporte fluvial no Madeira, na época de inverno é possível transportar até 40 mil toneladas ou 1,5 mil carretas, enquanto no verão essa capacidade reduz para nove mil toneladas", explica Raimundo.
A estrutura do porto está instalada no Cai n'Água, em Porto Velho (Foto: Marcela Ximenes/G1)Porto do Cai n'Água é ponto de entrada e saída de
mercadorias do estado (Foto: Marcela Ximenes/G1)
O presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Soph), Ricardo Sá Vieira, também ressaltou a necessidade da construção. "Todo o combustível de Rondônia, do Acre e do Norte do Mato Grosso, chega pelo Rio Madeira, transportamos cerca de 40 mil pessoas por ano, escoamos produtos até para a Europa, a Ásia e o Oriente Médio a partir daqui. A hidrovia, influenciará de maneira decisiva na economia da região", enfatizou Ricardo.
Ricardo comenta que a profundidade mínima, necessária para algumas embarcações é de pelo menos 3,8 metros e que no verão isso se torna um problema.
O governador de Rondônia Confúcio Moura ressalta que é preciso investir na hidrovia, de forma significativa e explica que há vontade política nisso, mas que a burocracia muitas vezes tem atrasado o projeto. "Temos que investir pesado para vencer a burocracia", lembra o governador

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