Andréia Santana
Geddel teria ficado irritado com a participação da presidente Dilma Rousseff (PT) no programa eleitoral do candidato petista e de ela ter preterido o peemedebista, Mário Kertész. Os dois partidos são aliados no governo federal. "Se depender de convite, eu convidarei (o PMDB) para o palanque do Nelson Pelegrino. Essa composição me parece mais racional na política", afirmou o governador, argumentando que não acha razoável o apoio do PMDB a um "arquiadversário" do projeto político nacional.
Wagner lembrou que Dilma só entrou na campanha num momento em que a disputa está polarizada. "O fato de a presidente Dilma entrar no programa de Nelson Pelegrino não pode irritar ninguém. Há uma disputa com o DEM, e um candidato da base está bem na frente. Esse é o mesmo critério que eu uso. Eu não entro nos locais onde tem uma disputa entre os nossos. Quando tem uma disputa entre os nossos, e alguém é adversário, eu espero passar um pouco, como ela esperou. Pois na medida em que vai se consolidando uma polarização, ela (Dilma) vem ajudar a sua base", disse Wagner.
Irritação e medo - Geddel, principal liderança peemedebista baiana, disse ser "erro de avaliação do governador" pensar que ele está contrariado com a participação de Dilma na campanha de Pelegrino. "Tenho irritação e medo com duas coisas: irritação com o governo fraquíssimo que ele (Wagner) faz no Estado e medo com a possibilidade de o PT repetir o desempenho pífio na Prefeitura de Salvador".
Recusando, a princípio, o convite de subir no palanque petista no segundo turno, caso Kertész não passe, Geddel "agradeceu o convite" e a "lhaneza pessoal" de Wagner, que minimizou o prejuízo com a possível perda de apoio do PMDB num segundo turno. "Do ponto de vista de TV, não altera, pois os tempos são iguais no segundo tempo. Do ponto de vista do eleitorado, eu sinceramente acho que o eleitorado sempre decide com cabeça própria. Isso não quer dizer que eu ache ideal que o PMDB não venha apoiar Nelson Pelegrino", disse.
Essa é a segunda vez que o PMDB, partido da base do governo federal, vê seu candidato ser preterido por Dilma na Bahia. A primeira vez foi em 2010, quando Geddel foi candidato ao governo contra Wagner.
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