MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fenabrave confirma recorde histórico em vendas de carros em agosto


Com IPI baixo, foram emplacados 405.518 automóveis e comerciais leves.
Somando caminhões e ônibus, nº chega 420.101 veículos, outro recorde.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em São Paulo
Vendas; Carros; IPI (Foto: Reprodução/JA)Prorrogação do IPI garantiu recorde histórico
de vendas no mês de agosto (Foto: Reprodução/JA)
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) confirmou nesta terça-feira (4) que as vendas de veículos (inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) tiveram o melhor mês da história da indústria automobilística. A marca recorde é de 420.101 unidades e representa aumento de 15,3% sobre julho (364.201 unidades) e de 28,3% em relação a agosto do ano passado, com 327.360.
O resultado foi impulsionado pelas vendas de carros (automóveis e comerciais leves), também históricas, que somaram 405.518 emplacamentos em agosto, alta de 15,4% sobre julho, graças ao desconto do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). Este também foi o melhor mês de todos os tempos em vendas para o segmento, superando dezembro de 2010, segundo a Fenabrave, quando foram emplacados 361.197 carros.
O novo patamar de vendas já havia sido adiantado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta (31), e só foi atingido por causa do desconto no IPI determinado pelo governo em 21 de maio passado e, agora, adiado até o fim de outubro. A medida visa manter a retomada do consumo e dos investimentos por parte das montadoras e fornecedores de autopeças. A Fiat também havia antecipado o volume recorde para o mercado brasileiro.

"Foi um mês surpreendente. Quando desonera o consumo, o mercado reage", afirma o presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti. "Obviamente que houve uma antecipação de compras, mas ainda não temos como mensurar o quanto. Mesmo assim, quem comprou o carro há três anos, hoje começa a trocar o carro", pondera Flavio Meneghetti.
De acordo com Meneghetti, além da ajuda da redução do imposto, o setor foi beneficiado pela melhora "substancial" da oferta de crédito. "Antes tínhamos de 30% a 40% de aprovação de crédito. Hoje, a faixa é de 50% a 60%. A qualidade do crédito está boa. Ofertas de 60 vezes sem juros não vamos mais ver."

Caminhões e ônibus
Já o setor de caminhões teve alta de 5,9% em agosto, somando 11.360 unidades. As vendas de ônibus apresentaram crescimento de 54,8% sobre o mês anterior, com 3.223 unidades. Na análise da Fenabrave, o que mais afetou o setor de caminhões foi a antecipação "surpreendente" de compra. "Isso foi o que pesou de verdade, nem foi o crescimento mais lento do PIB do país." Segundo Meneghetti, o setor tende a se recuperar.
2,5 milhões de veículos no acumulado
De janeiro a agosto, o setor soma 2.501.116 veículos vendidos, aumento de 5,5% sobre 2011. Por segmento, o de automóveis e comerciais leves soma 2.389.252 unidades — aumento de 6,97% sobre o mesmo período do ano passado. O crescimento é justificado pelo incentivo ao consumo, o que inclui, além do desconto do IPI, o aumento do estímulo de crédito no sistema financeiro, mesmo com patamar de inadimplência alto para o setor.
Em sentido oposto, o segmento de caminhões passa por dificuldades, com queda de 20,1% no acumulado, de 114.768 unidades para 91.623 unidades. Ele tem comportamento totalmente ligado ao reflexo da economia do país, que apresentou crescimento do PIB abaixo do esperado nos últimos meses. Além disso, no ano passado, boa parte das vendas de veículos pesados previstas para este ano foi antecipada em 2011, para evitar gastos adicionais com produtos mais caros. Isso porque, a partir deste ano, entrou em vigor a nova exigência ambiental que obriga motores que veículos com motor a diesel utilizem o padrão Euro 5, menos poluente. Para atender a exigência, os caminhões ganharam novas tecnologias, porém elas encareceram os produtos.
O segmento de ônibus, muito suscetível à sazonalidade, registra queda de 9,3% no acumulado do ano, com 20.241 vendidas entre janeiro a agosto deste ano contra 22.320 no mesmo período do ano passado.
Gol mantém a liderança
O compacto Volkswagen Gol (incluindo o G4) continua a ser o modelo mais procurado no Brasil. Somente em agosto, foram comercializadas 32.633 unidades do modelo contra 30.373 do Fiat Uno (inclui o Mille). Nas vendas acumuladas de janeiro a agosto, o Gol soma 188.592 unidades, contra as 177.349 do Uno. O terceiro lugar é do Fiat Palio, com 117.100 unidades.
mais; vendidos; agosto; motos; carros; fenabrave (Foto: G1)
Ranking das montadoras
No segmento de automóveis e comerciais leves, a Fiat liderou o mês de agosto com 98.212 unidades vendidas e 24,22% do mercado brasileiro. Volkswagen fica em segundo lugar, com 88.764 carros (21,89%). Em seguida vem a General Motors, com 75.864 unidades (18 71%), seguida da Ford (7,66%), Renault (6,88%), Honda (4,21%), Toyota (2,5%), Nissan (2,48%), Peugeot (2,15%) e Hyundai (2,13%).
No acumulado de janeiro a agosto, o quadro muda um pouco: Nissan está à frente da Toyota e Hyundai, da Peugeot. Assim, o ranking fica com a liderança da Fiat, com 544.069 unidades emplacadas e 22,77% de participação no mercado brasileiro, seguida de Volkswagen (21,07%), GM (17,81%), Ford (9,01%), Renault (6,75%), Honda (3,69%), Nissan (3,35%), Toyota (2,73%), Hyundai (2,5%) e Peugeot (2,09%).

Segmento de motos e de carros usados em crise de crédito

As vendas de motos, contadas em separado, chegaram a 140.641 unidades em agosto. Houve alta de 1,56% sobre o mês anterior, porém queda de 22,4% na comparação com agosto de 2011. No acumulado do ano, 1.127.736 motos foram emplacadas, baixa de 10,4% sobre o mesmo período do ano passado, com 1.259.754 unidades.

Embora o crédito esteja favorável para a compra de carros novos, os setores de motos e de carros usados sofrem com as restrições. Segundo o presidente da Fenabrave, a aprovação de crédito para automóveis usados é de 20% a 30%. "Antes, eram 5 mil as empresas que fecharam, hoje este número dobrou. A crise levou a perda de cerca de 40 mil postos de trabalho", alerta Meneghetti.

O empresário afirma que a participação do financiamento no setor de motos é de 15%. "Apenas uma marca tem consórcio robusto para não sofrer com a restrição."
Para a Fenabrave, a saída para os dois segmentos é a liberação de compulsório para o financiamento de motos e carros usados. "Pedimos isso ao governo, para diminuir o custo do crédito", afirma o presidente da entidade.

Projeções
Diante do patamar recorde e dos últimos anúncios do governo de estímulo ao consumo, a Fenabrave alterou suas projeções. O segmento de automóveis e comerciais leves deve crescer 8,05%, para 3.701.235 unidades.

Por outro lado, o de caminhões deve ter queda de 19%, com 139.853 unidades emplacadas no ano. O segmento de ônibus deverá ter queda de 8% (37.529 unidades), segundo a entidade. Por fim, o setor de motocicletas deverá enfrentar queda de 12%, para 1.707.754 unidades.

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