Convivência com líderes da região inspirou o paulista Gustavo Sales.
Empreendedor cria tecnologia para facilitar trabalho remoto.
Gustavo Sales, criador da Zentrale (Foto: Divulgação)
A experiência como voluntário da ONU no Timor Leste inspirou o paulista
Gustavo Sales, de 34 anos, a tentar mudar a realidade das pessoas ao
seu redor. Após conviver com líderes inspiradores e empreendedores de
Israel, ele decidiu abrir a Zentrale, uma startup que quer desenvolver
uma plataforma para facilitar a vida de quem precisa trabalhar
remotamente.“Vi muitas pessoas desembarcando lá [no Timor Leste] sem ter nada. Tem a história da Thaíza Castilho [que trabalhou como correspondente para a BBC], por exemplo, que foi pra lá sem dinheiro pra voltar. Ela chegou falando pouco inglês, conseguiu uns trabalhos como tradutora e foi crescendo”, conta o empreendedor, que passou um ano e meio no Timor Leste, participando de um projeto de fortalecimento do sistema judiciário.
Ele conta que se inspirou nas pessoas que foram para lá acreditando no poder de modificar suas realidades, mas a vontade de empreender já estava com ele desde a faculdade. De lá pra cá, Sales passou por ONGs e pela iniciativa privada, antes de criar sua própria empresa.
“Eu estou muito a pé, para ir ao trabalho, e comecei a pensar em como poderia tornar isso mais fácil. Comecei pensando em como poderia ajudar no trânsito, mas vi que seria necessário muito esforço e investimento”, disse o empresário. “Um dia resolvi inverter essa lógica e tentar ajudar as pessoas a não precisarem se deslocar.”
A plataforma virtual da Zentrale vai ajudar os gerentes na hora de cuidar de uma equipe que trabalha remotamente. Segundo ele, por meio da tecnologia, será possível gerenciar tarefas, compartilhar arquivos e haverá um serviço de comunicação instantânea.
A plataforma tem previsão de lançamento para a primeira quinzena de novembro, segundo ele. Sales também conta que está quase fechando com um sócio, para completar o time que vai tocar a tecnologia.
Convivência em Israel
O período que passou em Israel também inspirou Sales a tocar sua ideia de empresa no Brasil. “Conversei com muita gente lá e eles tocam a ideia até esgotar”, conta. “Eles tem uma cultura de fazer o que é necessário para que as coisas deem certo. É um pouco de insistência, persistência e cara de pau.”
O período em Israel também fez com que Sales sentisse na pele os problemas de quem trabalha remotamente. “Eu estava trabalhando com um fuso horário diferente, para uma empresa em Orlando”, lembra. O empreendedor também enfrentou problemas para lidar com as culturas diferentes.
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