MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 9 de setembro de 2012

Empresas investem em serviços exclusivos para o público masculino


Investimentos vão de beleza e estética a confecção de roupa sob medida.
'É um mercado que vem crescendo dia a dia', diz empreendedora.

Do PEGN TV

 Os homens estão cada vez mais preocupados com a aparência. E para faturar, empresas investem em espaços exclusivos só para homens. Os serviços vão de beleza e estética a confecção de roupa sob medida.
Cabelos, unhas e pele bem cuidados. Roupas com caimento perfeito, o brasileiro é vaidoso. Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos comprova: o Brasil já é o segundo país no mundo onde os homens mais gastam com a aparência, só perdem para os americanos. E as oportunidades de negócio estão aí.

Na alfaiataria de Luiz Aziz Neto, as roupas são sob medida. Um serviço para o homem que voltou à moda. “São produtos que de fato nunca saíram de moda, porém hoje, tendenciosamente, são uma moda mais específica por ser sob medida, por ser individual”, afirma o empresário.
Ele começou o negócio em 2006. Investiu R$ 800 mil na reforma do espaço, mobiliário e estoque. E oferece um serviço detalhista, para clientes exigentes.

Se existe uma palavra para definir uma compra, essa seria paciência. Uma roupa demora 45 dias para ser feita. O cliente escolhe um entre uma infinidade de tecidos, faz a prova, volta, experimenta de novo, volta e faz a terceira prova. Tanto cuidado só poderia resultar em uma roupa perfeita e do jeito que o cliente sonhou e que chega a custar mais de R$ 20 mil.

Mercado de luxo, público da classe A. E não faltam opções para agradar a esses clientes. São 4 mil tipos de tecidos para escolher, entre importados e nacionais. Sem contar os detalhes das peças.

Para clientes apressados, a loja lançou a meia medida. Eles usam uma base da peça pronta e só finalizam quando o cliente tira as medidas. Em alguns casos, a roupa é entregue em 48 horas. “É uma roupa semipronta. Sem mangas e sem botão, justamente para facilitar a adaptação ao corpo”, diz o empresário .

De acordo com ele, fica 30% mais barato produzir assim. “Por ser produzida em série. Não é alta produção, justamente para manter exclusividade para o cliente”, relata.
A empresa terceiriza parte da produção das peças. Mas o acabamento é feito no local. É tudo à mão. “É um serviço delicado e demora mais ou menos um dia pra fazer”, explica o alfaiate Hugo Escobar.
A loja também revende roupas de outras marcas. São peças esportivas, como casacos e camisetas, e representam 30% das vendas. O faturamento geral da empresa é de R$ 180 mil por mês. Com a vaidade masculina em alta, o negócio só tem a crescer.

“Eu aposto muito na vaidade masculina. É um mercado crescente. O mercado de luxo também. E o crescimento indica em torno de 20% de crescimento para o ano que vem, com pretensões para dois e três anos. Em dois anos, [a estimativa é de] abrir a segunda loja, daqui a três anos, a terceira loja”, diz.

Salão de estéticaA empresária Stella Vidiz montou um salão de estética. Ela percebeu o mercado masculino, apostou e acertou. Dos cabelos às unhas, aqui se cuida da beleza do homem.

“Eu fiquei com vontade de montar um espaço, uma clinica de estética, e foi meio intuição mesmo. Eu pesquisei e vi que não tinha no mercado e segui”, diz.

Um salão de beleza para homens é um pouco diferente do feminino. O ambiente é sóbrio, não tem fofoca. As revistas são sobre carro e negócios. Os clientes são discretos. Só que em um ponto eles e elas são bem parecidos: os homens são vaidosos, exigentes e buscam tratamentos cada vez mais sofisticados.
“Eu corto o cabelo, faço a barba e a unha. Faço massagem, passo um creme para deixar a pele mais macia (...). Tratamento completo. Ficar bonito e me sentir bem”, afirma Eduardo Pinheiro, que frequenta o local.
Ao todo, o salão tem oito tipos de serviços. Corte de cabelo, barba, manicure, pedicure, depilação, tratamento facial, corporal e massagens. Os preços são variados. A massagem, por exemplo, fica em R$120. O tratamento para redução de medidas custa a partir de R$ 95. A máscara facial sai por R$ 100.

“Essa máscara, na verdade, é rejuvenescedora e hidrata bastante o rosto, dá uma sensação bastante boa e mexe bastante com a nossa autoestima. É bem bacana o resultado é muito bom”, revela Leonardo Jorge.
Um detalhe no segmento é que homem gosta de ser atendido na hora. E o negócio precisa ter funcionários suficientes para atender a demanda nas horas de pico. Um salão trabalha com uma equipe de 6 pessoas com hora marcada. “A agenda tem que estar supercertinha, com o horário certo para não acumular atendimento, porque eles realmente não têm muita paciência”, diz a empresária.

O salão de beleza masculino tem um ano de existência. No início, ficava meio vazio. A clientela foi se acostumando com a ideia, e, a partir do sexto mês, o movimento deslanchou. Hoje são 600 clientes por mês. “É um mercado que vem crescendo dia a dia”, sugere a empreendedora.

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