Comunidade do Posto da Mata mantém bloqueio na BR-158.
Manifestantes são contra desocupação da área indígena Marãiwatsédé.
A iniciativa é parte do protesto contra a determinação judicial de desocupação da área indígena Marãiwatsédé, prevista para até o dia 1º de outubro. Os produtores já estão bloqueando a BR-158, desde a terça-feira (4), perto do município de Confresa a 1.160 km da capital.
Os manifestantes pretendem reunir mais dois mil produtores da região para dar continuidade aos bloqueios. Por causa do protesto, foi formada uma fila de aproximadamente mil veículos, nos dois sentidos da pista.
A área em disputa tem 165 mil hectares e está ocupada pelos não índios desde a década de 1980, quando o governo militar retirou os Xavantes para um aldeia que fica a 600 quilômetros da comunidade. A terra foi vendida em vários lotes e chegou a formar a maior fazenda do mundo.
Em 1992 a empresa devolveu a gleba ao governo brasileiro, após descobrir que se tratava originalmente de uma reserva indígena. A Fundação Nacional do índio (Funai) iniciou o processo de demarcação e, neste período, os posseiros seguiram com a ocupação. Ao todo viveriam na área cerca de 7 mil pessoas, segundo levantamento da associação que representa os produtores.
De acordo com a Associação de Produtores Rurais da Gleba Suiá Missú, os manifestantes aguardam uma reunião com um representante do Governo Federal para tratar da decisão judicial.
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