MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 23 de setembro de 2012

Doença causada por fungo diminui produção de cacau no sul da Bahia


Pesquisadora ensina a identificar e controlar a podridão parda.
Doença diminui em 35% a produção de cacau no sul do estado ao ano.

Do G1 BA

Uma doença conhecida como “podridão parda”, causada pelo fungo fitóftora, provoca a diminuição de 35% na produção de cacau no sul da Bahia em todo o ano. Segundo pesquisadores, o fungo precisa de umidade para se multiplicar e a sua incidência é maior no inverno.
De acordo com Dilze Argolo, pesquisadora da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), muitos trabalhadores rurais não sabem diferenciar a podridão parda com com uma outra doença que também ataca o cacau, a vassoura de bruxa. “Os trabalhadores tratam tudo como se fosse vassoura de bruxa. A podridão parda tem a lesão mais mole. Ela forma um micélio branco, enquanto que a vassoura é mais escura, mais endurecida. A podridão parda tem um cheiro bem característico, um cheiro de peixe. Em determinados estágios podemos até aproveitar as amêndoas enquanto que a vassoura de bruxa perde tudo”, explica.
A podridão parda atinge somente o fruto do cacaueiro. Mas o fungo que provoca a doença aparece na raiz, provoca cancro, espécie de tumor no caule, lesões nas folhas, além de contaminar os outros pés de cacau. Para que a podridão seja controlada os produtores devem retirar os frutos contaminados do cacaueiro e depois descartar tudo em casqueiros, que são as maiores fontes de contaminação.
Após o descarte, é importante que o trabalhador despeje por cima dos frutos cal virgem para evitar umidade. Em seguida tudo deve ser coberto por folhas de bananeira ou do próprio cacaueiro. Isso evita a propagação do fungo e acelera a decomposição do casqueiro.
“A podridão parda está bem controlada devido as condições climáticas, que não são as mesmas de 20, 30 anos atrás. Mas a gente observa nas fazendas que são poucas as que fazem o controle do casqueiro, que retiram os frutos infectados dos pés", pontua Dilze Argolo.

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