MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Destruição de soja Intacta deve evitar embargo chinês, avalia Aprosoja


Entidade mato-grossense orientou produtores a não plantar nova soja.
Tecnologia da Monsanto aguarda aprovação pelo mercado da China.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Plantio da soja finalizou em MT (Foto: Leandro J. Nascimento / G1)Plantio da soja em MT aguarda fim de vazio sanitário
(Foto: Leandro J.Nascimento/G1)
A decisão da Monsanto em destruir 600 mil sacas de sementes de soja com a tecnologia Intacta RR2 Pro foi considerada positiva à segurança nacional e à manutenção dos negócios da commodity com o mercado chinês. A avaliação é do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro. No início do mês, a entidade recomendou aos associados que não plantassem a variedade, temendo eventuais riscos de contaminação. A China é o maior comprador mundial do produto, mas não aprovou a Intacta.
Em Cuiabá, onde participou da apresentação dos dados do Projeto Referência, Carlos Fávaro afirmou que a não utilização da tecnologia - que ainda aguarda aprovação pelo mercado da China - vai evitar riscos de embargo à oleaginosa. Reafirmou que o setor produtivo não é contra a adoção de biotecnologia, mas que a vontade do mercado comprador deve prevalecer.
"Precisávamos preservar o mercado do nosso maior comprador, pois a China não liberou as 600 mil sacas, o que se refletiria em 600 mil hectares plantados", declarou Fávaro. A soja Intacta desenvolvida pela companhia recebeu aprovação da Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio) em agosto de 2010. Em países como o Brasil, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Colômbia, México, Filipinas, Tailândia, Taiwan, Argentina, Japão, Coréia e União Européia (UE), foi aprovada, segundo a empresa.
Na safra 2011/12, a soja Intacta RR2 Pro foi plantada em caráter experimental por 500 produtores brasileiros em 275 municípios de 10 estados, entre elas Mato Grosso. No entanto, ressalta o presidente da entidade que congrega os sojicultores do principal estado produtor de soja, mesmo com os programas de controle não se descartava a contaminação.
"Por comodidade de alguns produtores ia haver contaminação e isso geraria um embargo chinês. E foi isso que colocamos para a Monsanto. É mais segurança não só para o produtor, mas para o Brasil. Já imaginou o embargo da China à nossa soja", ponderou ainda o dirigente.
A Monsanto, por sua vez, afirma que "todas as 500 áreas seguiram critérios de gestão responsável do produto, sendo monitoradas desde o plantio até a colheita, com posterior destruição dos grãos".
Em entrevista ao programa Globo Rural, o presidente da companhia, André Dias, informou não haver data prevista para que as sacas de soja sejam destruídas. Mas segundo ele, a China já aprovou a tecnologia Intacta, restando apenas serem emitidos os certificados que necessitam da assinatura do ministro da Agricultura do país asiático.

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