Entidade mato-grossense orientou produtores a não plantar nova soja.
Tecnologia da Monsanto aguarda aprovação pelo mercado da China.
Plantio da soja em MT aguarda fim de vazio sanitário
(Foto: Leandro J.Nascimento/G1)
A decisão da Monsanto em destruir 600 mil sacas de sementes de soja com
a tecnologia Intacta RR2 Pro foi considerada positiva à segurança
nacional e à manutenção dos negócios da commodity com o mercado chinês. A
avaliação é do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho
de Mato Grosso
(Aprosoja), Carlos Fávaro. No início do mês, a entidade recomendou aos
associados que não plantassem a variedade, temendo eventuais riscos de
contaminação. A China é o maior comprador mundial do produto, mas não
aprovou a Intacta.(Foto: Leandro J.Nascimento/G1)
Em Cuiabá, onde participou da apresentação dos dados do Projeto Referência, Carlos Fávaro afirmou que a não utilização da tecnologia - que ainda aguarda aprovação pelo mercado da China - vai evitar riscos de embargo à oleaginosa. Reafirmou que o setor produtivo não é contra a adoção de biotecnologia, mas que a vontade do mercado comprador deve prevalecer.
Na safra 2011/12, a soja Intacta RR2 Pro foi plantada em caráter experimental por 500 produtores brasileiros em 275 municípios de 10 estados, entre elas Mato Grosso. No entanto, ressalta o presidente da entidade que congrega os sojicultores do principal estado produtor de soja, mesmo com os programas de controle não se descartava a contaminação.
"Por comodidade de alguns produtores ia haver contaminação e isso geraria um embargo chinês. E foi isso que colocamos para a Monsanto. É mais segurança não só para o produtor, mas para o Brasil. Já imaginou o embargo da China à nossa soja", ponderou ainda o dirigente.
A Monsanto, por sua vez, afirma que "todas as 500 áreas seguiram critérios de gestão responsável do produto, sendo monitoradas desde o plantio até a colheita, com posterior destruição dos grãos".
Em entrevista ao programa Globo Rural, o presidente da companhia, André Dias, informou não haver data prevista para que as sacas de soja sejam destruídas. Mas segundo ele, a China já aprovou a tecnologia Intacta, restando apenas serem emitidos os certificados que necessitam da assinatura do ministro da Agricultura do país asiático.
Nenhum comentário:
Postar um comentário