Juiz Nathanael Cônsoli está afastado da função conclusão da investigação.
Segundo CNJ, ações para beneficiar amigos ocorriam com 'celeridade'.
O G1 tentou entrar em contato com o juiz no Fórum Desembargador Adelmar Ribeiro da Cunha, em Trairi, mas não obteve retorno. Um dos funcionários do local informou que Cônsoli não compareceu ao local nesta semana.
A corregedora nacional de Justiça ministra Eliana Calmon, que propôs o afastamento de Nathanael Cônsoli, afirmou na decisão que "a atitude do juiz contraria os deveres funcionais da magistratura".
A denúncia de suposto favorecimento foi feita pelo Ministério Público do Ceará. Em um dos casos, de acordo com o Ministério Público, o juiz beneficiou uma associação de defesa do consumidor, criada de forma irregular, que visavam a retirada de empresas dos cadastros de restrição ao crédito, como Serasa e SPC. As empresas pertencem a "amigos íntimos" de Cônsoli, segundo o conselho.
Em outra decisão, ainda de acordo com o Ministério Público, o juiz beneficiou outro amigo em ação envolvendo uma concessionária de energia elétrica. O processo questionava o corte de energia elétrica na residência do amigo do juiz por falta de pagamento. Na ação, Cônsoli julgou em causa própria e ainda condenou a concessionária de energia elétrica a pagar R$ 4 mil, a título de danos morais.
Segundo a ministra Eliana Calmon, a decisão nos casos citados era proferida “com celeridade que não se repetia nas demais ações da comarca de Trairi, que possui atualmente mais de 3.900 processos em tramitação”.
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