Araucária se transformou em um dos símbolos do estado do Paraná

Árvore chegou a ocupar metade do território paranaense.
Espécie depende do vento e da sorte para se reproduzir.

Do Globo Rural

A araucária, também conhecida como pinheiro do paraná e típica da região Sul, enfrentou sérios problemas por causa do desmatamento. Essa árvore brasileira surgiu há mais de 200 milhões de anos e enfrentou mudanças climáticas drásticas. A espécie depende do vento e da sorte para se reproduzir.
As copas da araucária chegam a 50 metros de altura e os galhos se esticam em todas as direções. Esse foi o jeitinho que araucária encontrou para receber mais luz que as concorrentes na floresta. As folhas parecidas com espinhos, de tom verde bem escuro, funcionam como um filtro aos raios nocivos. A espécie depende do vento e da sorte para se reproduzir.
“Ela precisa produzir uma quantidade de pólen absolutamente grande porque a maior parte se perde. Passa a ser uma questão de pura sorte para que um grão de pólen possa atingir a estrutura reprodutiva da planta feminina”, diz Denny Willian da silva doutor em ecologia.
Cada árvore chega a produzir 40 quilos de pinhão. A semente de araucária serviu de alimento para muitos animais e também para os índios caegangues que habitavam o Paraná. Ainda hoje o pinhão é bastante apreciado pelos moradores.
A araucária chegou a ocupar metade do território paranaense. Por isso, se tornou um dos símbolos do estado e ficou conhecida como o pinheiro do paraná. Depois de mais de um século de exploração restaram poucos exemplares de árvores centenárias, verdadeiros sobreviventes de uma época em que a espécie tinha grande valor econômico. O desmatamento ocorreu principalmente no início do século 20, com a instalação de grandes madeireiras.
O parque em Guarapuava, criado em 1991, recebeu o nome em homenagem às araucárias. No lugar há mais de duas mil árvores que encantam os visitantes.