Empresas suspendem contratações e deixam de investir em equipamentos.
Economista diz que medidas do governo federal devem reduzir Custo Brasil.
Uma fábrica de confecções em Campo Grande produzia 250 mil peças por ano entre 2009 e 2010. Atualmente opera com 50% da capacidade produtiva e vive um momento de cautela e redução dos investimentos. Segundo o gerente Sérgio Murilo Azevedo, os custos se mantiveram em alta nos últimos anos, mas as vendas não acompanharam. "O setor de vestuário em Mato Grosso do Sul está perdendo capacidade produtiva, devido ao custo ser caro", diz o gerente.
Há um ano, o governo federal anunciou algumas medidas pra ajudar o setor, entre elas, o aumento da verba para incentivar as exportações, redução dos juros para novos investimentos e compra de caminhões e máquinas, além do aumento de impostos sobre os importados. A desoneração da folha de pagamento de vários setores e a redução do valor cobrado pela energia elétrica também estão entre os interesses do governo.
Em Mato Grosso do Sul, mais de 10 mil indústrias empregam 130 mil trabalhadores. Em algumas dessas empresas, o gasto com energia representa até 4,5% do custo de produção. A redução no valor da tarifa começa a valer em janeiro de 2013.
Para o economista Ezequiel Resende Martins, as medidas anunciadas pelo governo podem aliviar o chamado Custo Brasil. "Taxa de juros elevada, tributação muito alta, infraestrutura logística deficiente, energia cara, dificuldade para se investir, essas são as reclamações mais comuns no setor industrial, e que de fato acontecem, diminuindo a competitividade", diz.
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