MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 5 de agosto de 2012

Refinaria Abreu e Lima custa três vezes mais que similar internacional


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
Rio - Apontado pela presidente da Petrobras, Graça Foster, como um exemplo a ser estudado para que jamais volte a acontecer na companhia, a construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, resultou em um empreendimento pelo menos três vezes mais caro do que o de similares internacionais, numa estimativa conservadora. Lançada em 2005 por US$ 2,3 bilhões, a refinaria teve o orçamento revisado há pouco mais de um mês para US$ 20,1 bilhões.

A previsão divulgada pela gestão Graça eleva o custo por barril para US$ 87 mil, ante uma média de US$ 10 mil a US$ 25 mil de refinarias de alta complexidade recém-concluídas ou em construção no mundo. A Petrobras admite falha na aprovação dos projetos, mas é categórica em dizer, por meio de nota: "Não houve erros nos cálculos" e "as estimativas são elaboradas observando preços praticados no mercado", garante, em resposta à Agência Estado.

Não é o que o governador Cid Gomes afirma ter ouvido no mês passado pessoalmente de Graça. A Índia faz refinarias a US$ 13 mil por barril, a China a US$ 14 mil e a Coreia do Sul a US$ 18 mil, relatou Graça, segundo o governador informou à reportagem. Por esses parâmetros, a refinaria pernambucana, com capacidade para processar 230 mil barris, deveria custar no máximo US$ 4,1 bilhões.

A refinaria Saudi Aramco, em construção na Arábia Saudita e com previsão para ser inaugurada na mesma época da Abreu e Lima, o último trimestre de 2014, custará proporcionalmente pouco menos de um terço: US$ 25 mil por barril. Aplicado o mesmo índice de custo à Rnest, a pernambucana custaria menos de US$ 6 bilhões. A comparação é mais evidente com a refinaria indiana Reliance Jamnagar, tida como referência de eficiência no mercado e lançada em 2009 por US$ 10 mil por barril numa obra que durou apenas 36 meses. Se o mesmo índice fosse aplicado ao empreendimento da Petrobrás, a Rnest custaria quase um décimo, US$ 2,3 bilhões. A pernambucana deve ser inaugurada em 2014 com três anos de atraso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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