MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de agosto de 2012

Para evitar proliferação de doenças, prefeitura faz eutanásia em cães


Medida foi adotada após recomendação do Ministério Público Estadual.
População canina no município de Jacareacanga é de 4.346.

Do G1 PA
Para evitar a proliferação de doenças que podem ser transmitidas por cães, a Secretaria de Saúde de Jacareacanga, no sudoeste do Pará, passou a praticar a eutanásia para cães de rua que apresentem riscos à saúde pública. A medida foi adotada após recomendação do Ministério Público Estadual, com relação ao grande número de cachorros na cidade, que chega a 4.346, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública.
Em Jacareacanga, 213 cães de rua doentes já passaram pela eutanásia, segundo o controle de zoonoses. O objetivo do município é aplicar o procedimento em cães doentes, para evitar ameaças para a saúde da população.
Uma equipe da Secretaria de Saúde do município foi treinada pelo biólogo Alberto Soares, coordenador regional do zoonoses, ligado a Secretaria de Estado de Saúde Pública e pelo veterinário Camargo Júnior, para fazerem o procedimento nos cachorros.
“Mandaram um ofício pra gente, pedindo para fazer o controle dos cães. Fizemos uma capacitação de equipe de zoonoses. Realmente havia muitos cães na rua, com feridas, pelo caído, que vão para a frente de açougues, por exemplo, portando fungos que podem acometer crianças”, explica Soares.
Soares conta que na semana passada uma pessoa foi agredida por um cachorro na rua e precisou ser transferida para fazer o tratamento. O biólogo explicou ainda que na cidade não é viável fazer um canil, por falta de estrutura.
O número de cachorros no município preocupa as autoridades. Segundo David Nasson, do centro de zoonoses, o número de atendimentos no hospital de pessoas mordidas por cães no centro da cidade é alarmante. “Em 2010 foram 49 casos, em 2011 foram 77 e até agora já foram registrados 61 casos”, conta Nasson.
Ainda segundo o controle de zoonoses, os cães de rua causam males a saúde e a sociedade. “A população ainda tem a cultura de criar cachorros soltos, a maioria das casa não tem quintal. Isso, de acordo com a legislação, interfere em aspectos ambientais, de poluição sonora, danos ao patrimônio, eles provocam acidentes de trânsito, além das agressões nas ruas”, explica Nasson.
O biólogo afirma que a Secretaria de Saúde adquiriu todo o aparato necessário e reservou um local específico para que a ação fosse realizada de acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina Veterinária. “A Secretaria comprou anestésico, relaxante muscular e tem um local específico para o sepultamento dos bichos”, afirma.
Cova de cães fica em área isolada do centro da cidade. (Foto: Alberto Soares/Arquivo Pessoal)Cova de cães fica em área isolada do centro da cidade. (Foto: Alberto Soares/Arquivo Pessoal)
“Quaisquer procedimentos inadequados, nós não aceitamos. Até porque é um trabalho sério e não existe serviços como de estar queimando animal vivo, isso não existe”, explica o biólogo, se referindo a denúncias de moradores de que o órgão estaria capturando os cachorros durante a madrugada e queimando os bichos.
Eutanásia em animais
O Conselho Federal de Medicina Veterinária tem uma resolução específica para o procedimento. Segundo o Conselho, o método deve ser realizado para o bem-estar do animal doente, ser feito sempre com o acompanhamento de um médico veterinário, e adotando procedimentos que não causem sofrimento ao animal.

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