MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de agosto de 2012

Máquina de fazer blocos de concreto atende setor da construção civil


Equipamento é produzido em uma fábrica em São Paulo.
Modelo mais barato sai por R$ 38 mil e faz até 5 mil blocos por dia.

Do PEGN TV

  Com uma máquina de fazer blocos é possível montar uma pequena fábrica e entrar no mercado da construção civil. Mesmo com a economia mundial em crise, a construção civil não para de crescer no Brasil. Em 2011, registrou aumento de quase 5% e a expectativa é ultrapassar a marca até o final do ano.
O mercado aquecido abre espaço para equipamentos como a máquina de fazer blocos de concreto. O equipamento é produzido em uma fábrica em São Paulo, inaugurada em 1996.
No início, a empresa apenas vendia formas e fazia manutenção de equipamentos. Mas a maior procura era por máquinas. Então, o empresário André Passaia teve a ideia de desenvolver um novo equipamento.
O investimento inicial foi de R$ 500 mil. Hoje, a empresa tem 60 funcionários e faz 8 modelos de máquinas para fabricação de blocos. “Todos os equipamentos fabricam blocos de acordo com a norma ABNT. Todas as exigências do mercado”, diz Passaia.
A fábrica constrói máquinas por encomenda. A montagem começa pela estrutura. Depois são colocadas as peças. A maioria é feita na fabrica mesmo. Em seguida, é a vez do acabamento, dos ajustes e do controle de qualidade. O equipamento mais barato é vendido por R$ 38 mil e tem capacidade para produzir até 5 mil blocos por dia.
Foi o que fez o empresário de Santa Isabel, no interior de São Paulo. Benedito Barbosa comprou uma máquina de fazer blocos há um ano. Com ela, faz 2 mil blocos por dia.
“O mercado está bom, a gente faz um produto bom, a turma procura, os clientes estão sempre aí, sempre a gente está carregando caminhão”, afirma Barbosa.
Para fazer bloco, primeiro é preciso misturar a matéria-prima. Segundo Anderson de Oliveira, técnico do Sindicato Nacional das Indústrias de Cimento, os cuidados começam nessa etapa.
O bloco de concreto é feito de areia, cimento e pó de pedra. Para fazer um bloco bom mesmo, o segredo está na escolha da matéria-prima.
Tem até o teste do bolinho para saber se ela é boa mesmo. “Fazemos a amostragem no agregado, na área úmida, preferencialmente, compactação e saindo o bolinho garantimos um agregado adequado.”
A mistura vai para a máquina. O equipamento vibra, compacta no molde e solta o bloco. A cada 30 segundos, faz três unidades. Depois, o produto vai para a cura. É preciso molhar e cobrir com lona para não perder a umidade. Um dia depois, o bloco está seco, ou curado, como eles dizem. E pronto.
A empresa segue a Associação Brasileira de Normas Técnicas. E faz dois tipos de blocos. Com 14 cm e com 19 cm de largura.
Pelas normas técnicas, o bloco tem que ter dois furos por onde passa a tubulação. Funciona como um grande jogo de encaixe. “Com isso garantimos a amarração da alvenaria, casando furo com furo, passando as tubulações, seja hidráulica ou elétrica, com isso evita rasgar a parede depois, gerando assim economia e redução de desperdício na construção civil.”
Para montar uma fábrica de blocos, o investimento é de R$ 120 mil. O espaço necessário é de 3 mil metros quadrados. Além da máquina, é preciso comprar o misturador da matéria-prima, bandejas e prateleiras para deixar o bloco secar. Com esse investimento, dá para fazer 5 mil blocos por dia. O faturamento mensal é de R$ 150 mil.

Hoje, existem no Brasil mais de 2.500 fábricas de blocos de concreto: 90% delas são micro e pequenas empresas. Embora competitivo, o mercado tem boas oportunidades para ganhar dinheiro.
“A construção civil está numa crescente, e a tendência é que esse crescimento se perpetue por muito tempo, então é importante, sim, a qualidade”, diz Oliveira, do sindicato.
Em geral, o bloco permite economizar 20% na construção de uma parede. E para o fabricante, o produto também é lucrativo. “Dá um bom lucro, a matéria-prima de areia, o pó de pedra, o cimento, então, mais ou menos o bloco fica R$ 0,65, dá pra vender a R$ 1,50 a entrega, então tem lucro”, relata Barbosa.
Com o aumento da demanda, o empresário Passaia estima crescimento no faturamento deste ano. “O mercado no início do ano estava estagnado. Mas agora houve aquecimento das vendas, então a expectativa é que chegue a 8%”, diz Passaia.

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