MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de agosto de 2012

Jovem amazonense conta experiência de ser pai aos 16 anos


Danilo Castro, hoje com 17 anos, se tornou pai aos 16.
"A vida mudou, mas para melhor, apesar das dificuldades", afirma.

Marcos Dantas Do G1 AM

Danilo Castro foi pai aos 16 anos, e hoje, com 17, conta como sua vida mudou (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)Danilo Castro foi pai aos 16 anos, e hoje, com 17, conta como sua vida mudou (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)
Ser pai é uma tarefa que em si já traz inúmeras dificuldades. Para um adolescente, essa missão se torna mais difícil ainda, tanto pela inexperiência quanto pela mudança radical que suas vidas sofrem. De acordo com um relatório da ONU divulgado em novembro de 2008, o Brasil tem a segunda maior taxa de gravidez entre jovens da América do Sul. Segundo o estudo, a cada mil mulheres que dão a luz, 89 têm idade entre 15 e 19 anos. E não são raros os casos em que o pai também é um adolescente.
O estudante Danilo Castro tem 17 anos e já é pai há quase um ano. O pequeno
Miguel, de apenas 11 meses de idade chegou de surpresa e mudou a vida da família inteira. "Quando fiquei sabendo que a minha namorada estava grávida fiquei nervoso, não sabia o que fazer. Contei pra minha mãe primeiro, até porque minha namorada não queria contar para os pais dela. Sabia que minha mãe iria me apoiar e tentar conversar com os pais dela. Nos primeiros dias, o pai dela ficou chocado, mas durante a gestação ele foi aceitando e ficando ansioso pra que o Miguel nascesse logo", disse ao G1.
O pequeno Miguel, de apenas 11 meses (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)O pequeno Miguel, de apenas 11 meses (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)
Danilo revelou o que sentiu no momento em que viu seu filho pela primeira vez. "A ficha caiu quando ele nasceu e fui vê-lo. Senti uma felicidade, só que diferente. Como sou jovem, há pouco tempo definiria felicidade como, por exemplo, ganhar um videogame de última geração. O que eu senti quando o vi foi felicidade em um sentido mais amplo", completou.
De acordo com Danilo, a chegada de Miguel o mudou como pessoa. " O que mais mudou em mim durante esse tempo foi a personalidade, porque agora que sou pai, tive que crescer mais rápido. Pensei muito no que eu deveria ser para dar um futuro melhor para o meu filho e a mãe dele também está se esforçando ao máximo para concluir os estudos para procurar uma profissão boa e ajudar a dar uma boa vida pra ele", contou.
Cursando o 2º ano do ensino médio, Danilo continua estudando e pensa em cursar pediatria na faculdade. "Meus pais não me obrigaram a trabalhar. Eles orientaram a terminar a escola, fazer uma faculdade e depois conseguir um emprego. Durante o tempo em que eu estiver estudando, eles vão me ajudar a cuidar do meu filho", revelou.
Miguel chegou de surpresa, mas hoje é o xodó da família (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)Miguel chegou de surpresa, mas hoje é o xodó da família (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)
Ainda segundo Danilo, ele e a namorada, que tem 18 anos, tiveram que superar as críticas recebidas e enfrentar todos os desafios da paternidade. "Na escola, começaram a perguntar se ela estava grávida quando a barriga começou a crescer, e muitos criticaram, dizendo que nós, tão novos, estávamos estragando a nossa vida. Porém, eu não penso assim. Acredito que um filho traz coisas boas para a família inteira. A vida muda, mas para melhor, por mais que seja difícil", afirma.
Cristina Castro, conta a reação que teve quando soube que seu filho caçula seria pai. "Quando fiquei sabendo eu chorei, porque ele é um menino, mas fiquei feliz, porque uma criança é uma bênção. A namorada dele já estava grávida de oito meses, e o que eu tinha a fazer era dar meu apoio", disse.
Cristina Castro, mãe de Danilo e avó de Miguel, acredita que o apoio dos familiares é essencial (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)Cristina Castro, mãe de Danilo e avó de Miguel, acredita que o apoio dos familiares é essencial (Foto: Marcos Dantas / G1 AM)
Ela fala também do apoio dado aos jovens e das dificuldades da gestação. "O apoio foi essencial, porque ela, assim como ele é muito jovem. Os pais não podem desamparar os filhos num momento tão difícil como esse. Além do mais houve complicações no parto, sendo que o Miguel chegou a nascer sem vida e foi ressuscitado pelo pediatra. Ele ficou oito dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) passando por diversos exames para saber se ele iria ficar com sequelas", contou Cristina.

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