MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de agosto de 2012

Curso no RS ensina mulheres a administrar propriedades rurais


Conhecimento para gerenciar agronegócio pode acabar com êxodo rural.
O curso tem 70 horas, com encontros são semanais em Marcelino Ramos.

Do G1 RS

O último censo demográfico do IBGE aponta que o número de pessoas que moram em áreas rurais está diminuindo em todo o Brasil. Entre 2010 e 2011, 2 milhões de pessoas deixaram o campo para morar em uma cidade do país. Um dos principais motivos para o êxodo pode estar na falta de conhecimento para gerenciar o agronegócio. Na cidade de Marcelino Ramos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, um curso ensina a administração de propriedades rurais para mulheres.
Até o mês de maio de 2012, quem administrava o sítio de meio hectare na localidade de Coronel Teixeira era o marido da dona de casa Maria Geneci Duarte. No entanto, com a morte do homem, a viúva assumiu os negócios. Faltava conhecimento técnico. Problema superado com o curso que forma agricultoras para gerenciar as propriedades rurais
"Foi difícil. Estava faltando alguma coisa pra me ajudar nessa caminhada para administrar. Meio que me obrigou e foi muito difícil. A gente sentia que estava faltando alguma coisa porque não estava dando conta sozinha", disse Maria Geneci Duarte.
Disposição para correr riscos calculados, busca de oportunidades e iniciativa, persistência e exigência de qualidade e eficiência, comprometimento, busca de informações, estabelecimento de metas, planejamento e monitoramento sistemático, persuasão e rede de contatos, independência e autoconfiança. Competências que podem mudar a realidade do êxodo rural.
Segundo o IBGE, em 1990, 20% da população brasileira era rural. Atualmente, não passa de 13%. E a perspectiva para 2030 é que apenas 9% das pessoas morem no campo. O abandono também está ligado a má administração, que provoca a falência dos negócios
"O agricultor não conta as despesas do trabalho. Acho que falta vontade, porque ninguém poderia fazer uma coisa sem calcular os cálculos de despesas. Falta conhecimento", disse a agricultora Janete Rech.
Para mudar esta realidade, o curso obriga o agricultor ou agricultora a destinar duas horas por semana para o aprendizado do gerenciamento da propriedade.
"Porque quando o produtor não faz o gerenciamento da propriedade acaba não enxergando onde estão os problemas. Quais atividades que estão dando lucro ou prejuízo, porque normalmente as propriedades trabalham com mais de uma atividade. Então o gerenciamento que realmente não está sendo feito devidamente na propriedade acaba fazendo com que muitos produtores desistam das suas atividades e busquem oportunidades nas cidades", afirma o engenheiro agrônomo Ari Luiz Benedetti.
O curso tem 70 horas dias e os encontros são realizados uma vez por semana.

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