MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 25 de agosto de 2012

Consumidores se deparam com falta de peças para consertar automóveis


No primeiro semestre, um site que registra reclamações dos consumidores recebeu mais de duas mil queixas desse tipo: aumento de 62%.

Os aborrecimentos de quem tem um veículo precisando de conserto andam maiores do que o normal no Brasil.
A loja de autopeças que abre 24 horas por dia anda com o estoque desfalcado.
“Falta parachoque, falta farol, falta lanterna. São as peças feitas pelas montadoras”, lista o dono da loja, Roberto Gandra.
Em uma concessionária, o painel dianteiro de um carro também está em falta. O problema lá é chamado de B.O.
“B.O. é uma peça que você tem pedido na companhia e ela não mandou”, explica o gerente de loja Edilson Bessa.
Na oficina, um carro espera o parachoque. O outro, os paralamas. Outro, a porta traseira.
“Um espaço hoje, pra mim, improdutivo. Eu estou deixando de ganhar dinheiro”, conta o dono da oficina, Alcides Scattini Júnior.
Se para as oficinas falta de peças significa prejuízo, imagine o transtorno para os donos dos carros. Alguns ficam encostados por mais de um mês. Não são carros antigos, não. A maioria saiu da fábrica nos últimos dois anos.
Logo depois de comprar um carro zero, o fisioterapeuta Adriano Vieira bateu em um caminhão, e há um mês o veículo está na oficina por falta de peças.
“Falam da garantia, falam da assistência, e na hora que a gente mais necessita, a gente não vê isso”, lamenta.
No primeiro semestre, um site que registra reclamações dos consumidores recebeu mais de duas mil queixas desse tipo: aumento de 62%. Para o Sindicato das Lojas de Peças, a falha é das indústrias.
“Eu creio que elas não se prepararam adequadamente para atender esse aumento de demanda. Esse descompasso acabou criando gargalos na distribuição de autopeças”, avalia Francisco de La Torre, presidente do Sindicato Varejista de Autopeças de São Paulo.
Pelo Código de Defesa do Consumidor, as montadoras têm de assegurar a oferta de peças enquanto os veículos forem fabricados ou importados, e por um período depois disso. Se em 30 dias o cliente não for atendido, a advogada Jung Won Kim diz que os fabricantes podem ser punidos.
“Ele está sujeito a multa prevista do Código de Defesa do Consumidor, e ainda uma ação civil coletiva, por ventura, por publicidade enganosa”, ressalta a advogada.
O Jornal Nacional procurou as montadoras. Algumas negaram a falta de peças. Outras declararam que o problema é pontual e que está sendo resolvido.
JORNAL NACIONAL

Nenhum comentário:

Postar um comentário