MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 12 de agosto de 2012

Afinidade sustenta relação de amor entre pais e filhos


Filha encontrou o pai depois de 32 anos sem notícias.
Professor adotou menina de 13 anos que ajudava a cuidar do filho biológico.

Do G1 PA

Antônio em momento de carinho com a filha de coração (Adriana) e a filha biológica.  (Foto: Arquivo Pessoal)Antônio em momento de carinho com a filha de coração Adriana (esquerda) e a filha caçula Yasmin.
(Foto: Arquivo Pessoal)
Adriana Nascimento, natural do município de Irituia, nordeste do Pará, tinha 13 anos de idade quando foi morar na casa de Antônio Almeida, em Belém, para ajudar a cuidar do então filho caçula do professor, que estava com um ano. Pouco tempo de convivência foi o suficiente para que a menina conquistasse o amor da família. “Pelo carinho e atenção dela com o meu filho, resolvemos acolhê-la como filha, sem fazer a adoção formal, pois ela tinha os pais biológicos”, conta.
A situação financeira da família de Adriana não era boa, sua mãe biológica trabalhava em casas de família e levava a menina com ela desde que tinha 5 anos. Quando completou 13 anos, o destino levou Adriana para o encontro de sua família do coração.
“Ao invés de fazer dela uma trabalhadora, acolhemos com filha do coração, com o consentimento dos pais. Ela passou a morar com a gente. A partir daí se desenvolveu um afeto que fez com que ela me considere pai e as filha dela como avô, sendo que já tenho outros 4 filhos", explica.
Adriana cresceu como membro da família, casou, teve duas filhas, estudou para ser psicóloga e atualmente é professora concursada da Universidade Federal do Pará (UFPA). “Para a pessoa que sou hoje, ele influenciou alguma coisa na minha vontade de dar aula, pois ele é professor”, conta Adriana.
“Ele é o meu pai, o outro eu não tive convivência. É uma pessoa trabalhadora, de família pobre, é um exemplo pra mim”, afirma a filha Adriana. “Quando fico sabendo que meu pai está doente... Fico muito preocupada, vou logo lá ver ele”, conta Adriana, sobre seu amor pelo pai de coração.
O melhor Dia dos Pais
Este ano, o Dia dos Pais vai ser uma data mais especial para Tatiane Ramos, que mora em Belém. Em abril de 2012, depois de 32 anos sem ter notícias do pai, Tatiane conseguiu reencontrá-lo através do quadro "Desaparecidos", transmitido pela TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará.
Ao aparecer na TV, a tia de Tatiane a reconheceu e entrou em contato com a emissora para falar com a sobrinha. Depois de algumas ligações entre elas, o pai de Tatiane entrou em contato com a filha e confirmou a história.
Tatiane conta que tinha 4 anos quando os pais se separaram. "Daí ele se mudou para o Rio de Janeiro, e a minha mãe ficou em Belém. Depois disso, perdi o contato", afirma.
Pai e filha ainda não se encontraram pessoalmente, mas se falam sempre por telefone e através da internet. No próximo mês de setembro, Tatiane planeja ir ao Rio de Janeiro ver o pai. "Acho que vai ser muito bom. Porque no momento em que eu reencontrei ele foi como se eu não tivesse me separado esse tempo todo. Acho que 80% da minha personalidade puxou pra ele, e nós nos identificamos muito. Pra mim ele não é uma pessoa estranha", conta Tatiane.
Tatiane disse ainda, que se achou muito parecida com o pai. "Nós somos iguais na maneira de ser, de agir, de pensar. Ele me disse que também ficou muito surpreso com isso, com essa identificação", revela Tatiana, que vai passar o Dia dos pais feliz por ter encontrado essa pessoa tão importante em sua vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário