Travessia de balsa não tem coletes salva-vidas nem fiscalização, em RO

Equipamento de segurança fica em um local fechado.
Viajantes não recebem orientação sobre viagem.

Flaviane Azambuja Do G1 RO

Na travessia da balsa ninguém utiliza colete salva-vidas. (Foto: Palloma Pires/Divulgação)

A travessia da balsa no Rio Madeira, em Porto Velho, pode se tornar perigosa. No local não há coletes salva-vidas e nem orientações de segurança aos passageiros. Pessoas sentam na grade de proteção durante a viagem, correndo risco de cair no rio. Os coletes existentes na embarcação estão trancados
Pedro Moraes trabalha diariamente na balsa vendendo bombons e nunca viu os coletes salva-vidas. "Está tudo trancado com cadeado. Em uma emergência, como vamos conseguir pegar?", questiona.

Coletes ficam trancados em um compartimento
(Foto: Flaviane Azambuja/G1)

Apenas dois funcionários responsáveis pela balsa estão disponíveis para atender a quem precisar de ajuda. Antônio Carlos é um deles e explica que os coletes estão trancados porque "alguns sumiram".
São cerca de 100 coletes salva-vidas, mas todos ficam fechados em um compartimento que não deixa as peças visíveis. Há apenas placas informando sobre a necessidade do uso do colete em caso de emergência. Segundo Antônio Carlos, não há fiscalização no local.
Durante a viagem de 20 minutos, nenhum usuário recebe instrução sobre como se portar durante o trajeto.
"Ninguém informa nada. É a primeira vez que utilizo a balsa e não sei se existe algum local que seja proibido ficar", afirma Oseias Cabreira. Já Gilberto da Silva, que mora em Humaitá, AM, disse ao G1 que sabe da existência dos coletes, mas não o local onde ficam.
O funcionário da balsa explicou que os coletes são entregues aos usuários apenas em casos de emergência. Além disso, a balsa conta com seis boias que dão apoio em situações de risco.
A equipe do G1 entrou em contato com a Delegacia Fluvial de Porto Velho, mas nenhum responsável foi encontrado falar sobre a fiscalização nas balsas.