MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Suinocultores de SC enfrentam uma das piores crises da atividade no país


Falta de dinheiro faz criadores perderem propriedades em SC.
Nove municípios decretaram situação de emergência.

Do Globo Rural

A crise na suinocultura tem se agravado em Santa Catarina. Há criador perdendo a propriedade por não ter como pagar as dívidas. O péssimo momento da atividade também afeta o comércio das cidades. Nove municípios decretaram situação de emergência.
O criador Leonildo Altenhofen acumula R$ 250 mil em dívidas. O número de suínos na propriedade passou de 150 para 80 animais, sustentados com a venda do leite. Mas falta comprador para o pouco que sobrou. Quando o criador consegue vender, o porco é pago com cheque para quatro meses depois.
O criador Natalino Altenhofen, de 65 anos, perdeu toda a produção de suínos porque ficou sem dinheiro para tratar os animais. Sobraram apenas nove vacas de leite para o próprio sustento. Ele terá que vender a propriedade de 19 hectares porque as dívidas chegam a R$ 200 mil, que a família não tem como pagar.
Milhares de criadores de suínos do país amargam uma das piores crises da suinocultura. O preço do quilo do animal está baixo e o custo de produção nas alturas. Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura, nove municípios de Santa Catarina decretaram situação de emergência por causa da crise. São eles: Braço do Norte, São Ludgero, Grão Pará, Alto Bela Vista, Concórdia, Lindóia do Sul, Seara, Salto Veloso e Arroio Trinta.
O município de Xavantina já foi considerado capital brasileira do suíno, mas a realidade é outra. Dos 400 criadores que existiam há três anos, apenas a metade vive da criação de porcos. O problema é bem maior para o município de pouco mais de quatro mil habitantes. A crise chegou à cidade. O produtor não consegue comprar ração para os animais nem tem como pagar as contas no comércio, que depende essencialmente dessa atividade.
Segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos, o excesso de produção derrubou as vendas e o preço da carne. A entidade quer que o governo federal subsidie a diferença entre o preço de venda e o custo de produção para cada suíno.

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