Seca atrasa desenvolvimento do feijão em Sergipe

Chuva pode ter chegado tarde demais para as lavouras.
Pés de feijão estão com apenas 30% do tamanho normal.

Do Globo Rural

O agricultor Antônio Barbosa Neto conta que está preocupado. Ele plantou em maio quatro hectares de feijão do tipo carioca, esperava colher seis toneladas, mas com o tempo seco a lavoura não se desenvolveu e o rendimento da safra não deve chegar nem a uma tonelada.
A situação é comum a todos os produtores de feijão de Poço Verde, na região centro sul de Sergipe. É que na fase do plantio choveu 70 milímetros, mas em junho, época de desenvolvimento da lavoura, o índice ficou abaixo da média.
Nos primeiros dias de julho, o tempo voltou a mudar, mas ainda assim, a situação de quebra da safra dificilmente será revertida.
O município de Poço Verde é o maior produtor de feijão de Sergipe. Os agricultores esperavam colher oito mil toneladas na safra deste ano, mas já estão refazendo os cálculos. A produção deve ser reduzida em pelo menos 50%.
As lavouras pararam de crescer. Os pés de feijão estão com apenas 30% do tamanho normal e a maior parte não vai alcançar a floração.
O ano passado, os produtores de Poço Verde perderam cerca de 80% da safra de feijão por causa da seca. São dois anos seguidos de prejuízo.