Produtores de laranja vendem a fruta direto para o consumidor em SP

ideia é diminuir o prejuízo de quem não fechou negócio com a indústria.
Estratégia tem apoio da Associação dos Exportadores de Suco Cítrico.

Do Globo Rural

A safra paulista de laranja vai ser menor este ano, a queda chega a 5% em relação a 2011, mas ainda assim vai sobrar fruta: 83 milhões de caixas não serão aproveitadas pela indústria.
Após a supersafra de 2011, o estoque de suco no país é alto, por isso, nos pomares, a laranja atingiu o ponto de maturação e agora começa a cair. Deve apodrecer no chão.
O agricultor Sérgio Spagnolo esperou até agora para vender a produção. "Quem trabalha um pouco com o mercado conseguiu escoar parte da fruta, mas quem não está com contrato fechado, realmente tem uma perda significativa", conta.
Para evitar que as frutas se percam no pé e o citricultor não termine a safra com prejuízo, a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos divulgou uma lista com cerca de 250 locais, onde os produtores podem entregar a laranja para ser processada e vendida ao consumidor.
São os chamados de packing house, galpões onde a fruta é lavada, classificada e escovada para ficar com a casca mais atraente.
A estimativa é processar 70 milhões de caixas. Sérgio aposta neste mercado, investiu R$ 150 mil para construir a própria packing house e pretende vender 30% da produção desta forma. Os produtores que optam pela venda direta pagam R$ 1,20 por caixa da fruta beneficiada.
A relação dos entrepostos que recebem a laranja está no site da Associação dos Exportadores de Sucos. O endereço é www.citrusbr.com.br.