MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Porto Velho registra mais de 7 mil casos de malária em seis meses


Crescimento foi de 8,2% em relação ao primeiro semestre de 2011.
Segundo Semusa, crescimento está dentro do esperado.

Do G1 RO

Exames comprovaram mais de 7 mil casos de malária (Foto: Jenifer Zambiazzi/G1)Exames comprovaram mais de 7 mil casos de malária
(Foto: Jenifer Zambiazzi/G1)
O número de casos de malária no primeiro semestre deste ano em Porto Velho é 8,2% maior do que os registrados no mesmo período do ano passado. De janeiro a junho foram registrados 7,4 mil casos, a maioria deles em bairros das zonas Norte, Sul e Leste, segundo o Núcleo de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Em 2011, quatro pessoas morreram vítimas da doença em Porto Velho. Neste ano, houve cinco casos. As vítimas fatais representam 0,002% do número de registros de malária na capital.
De acordo com a diretora do Núcleo de Epidemiologia, Rute Bessa, a situação está sob controle e que esse aumento já era esperado devido o aumento populacional. “Porto Velho tem áreas potencialmente de risco, com muitas regiões alagadiças e igarapés que passam por áreas urbanas. Com a população se espalhando, consequentemente, aumenta o número de infectados, por causa da proximidade com possíveis criadouros”, explica Rute.
Hidrelétricas do Madeira
A diretora salienta que com a construção das Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, estimava-se que haveria uma explosão da doença em Porto Velho, no entanto, isso não ocorreu. “Tínhamos medo que a situação da doença chegasse a níveis epidemiológicos, uma vez que, há o risco de criadouros temporários se tornarem permanentes com a abertura da barragem, mas estamos conseguindo manter o número constante. Apesar de elevado, está dentro do previsto, acompanhando o crescimento populacional”, afirma Rute Bessa.
O mosquito transmissor da malária na região Norte, o anophelis darlingi, necessita de três condições para se reproduzir: água limpa e corrente e uma pessoa infectada. Segundo Rute Bessa, a cada pessoa que o mosquito infecta, mais dez pessoas correm o risco de ser infectadas. “É uma estimativa, mas acreditamos que funciona dessa forma. Por isso é tão importante trabalhar com planejamento e diagnóstico”, diz Rute.
Planejamento e diagnóstico
Para um controle mais efetivo da malária, as áreas urbana e rural de Porto Velho foram divididas em nove regiões que são fiscalizadas e monitoradas contra a malária. Em cada uma delas é mantida uma equipe com controle vetorial (borrifador de veneno), microscopista, motorista e agente educacional. A ideia é controlar a incidência através de planejamento e do diagnóstico em até 48h após o aparecimento dos primeiros sintomas.
Quando um caso é constatado, o agente que diagnosticou a doença preenche um formulário que é recolhido de todas as áreas uma vez por semana. Depois de digitalizado, os dados entram para o Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica (Sivep) e é feito um relatório quinzenal da Semusa para controle das estatísticas.

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