Capital recebeu pelo menos 226 das 354 novas vagas prometidas em 2012.
Superlotação diminui, mas hospitais continuam operando acima do limite.
No Hospital Conceição, a emergência operava com 50 leitos para um número de pacientes três vezes maior. O alívio veio há um mês, com a abertura de 25 novos leitos pelo plano para redução de ocupação. Outros 75 serão entregues a partir da próxima terça-feira (17). “Tivemos uma redução em torno de 5% na emergência, o que já havia ocorrido na semana anterior”, diz o superintendente do hospital, Nery Paes.
Já na Santa Casa, são 60 novos leitos de apoio à emergência. Outros quatro hospitais também receberam recursos do governo para ampliação do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS): são 20 leitos no São Lucas da PUC-RS, 50 no Hospital Vila Nova, 35 no Parque Belém e 36 no Beneficiência Portuguesa.
Até o final desse ano, serão mais de 400 novas vagas em hospitais da Região Metropolitana de Porto Alegre – 354 apenas para a capital. Mas o esforço para desafogar as emergências tem de ser ainda maior, calculam especialistas. Na última década, 3 mil leitos fecharam na capital gaúcha. Em todo o estado, são 12 mil leitos a menos.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramae), por sua vez, se queixa da falta de financiamentos para o setor. “Quantos hospitais deveríamos construir? Dez, 15 hospitais? Mas não tem verba para isso. O setor privado não tem nenhum incentivo”, reclama o presidente da Abrame, Francisco Santa Helena.
Médicos e administradores de hospitais esperam agora que as melhorias cheguem aos postos de saúde, para que a população tenha bom atendimento antes de precisar de uma emergência. “Tem um número de pacientes que não precisa de internação e que não precisa de consulta na emergência, mas sim de um local adequado para seu atendimento”, afirma o chefe do Serviço de Emergência da Santa Casa, Leonardo Martins.
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