MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Governo retoma investigações sobre a Guerrilha do Araguaia


Equipe atuará no norte de Tocantins e em parte do estado do Pará.
Objetivo das escavações é localizar e identificar restos mortais de militantes.

Do G1 PA

Uma portaria dos ministérios da Defesa e da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência reativou o grupo de trabalho que vai tentar encontrar até 2014 os restos mortais de desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia. A equipe atuará no norte de Tocantins e em parte do estado do Pará.
Buscas aos restos mortais dos participantes da Guerrilha do Araguaia vão continuar (Foto: Evandro Corrêa/O Liberal)Buscas aos restos mortais dos participantes da Guerrilha do Araguaia vão continuar (Foto: Evandro Corrêa/O Liberal)
O Grupo de Trabalho Araguaia (GTA) foi criado em 2009, por meio da Portaria do Ministério da Defesa n° 567. As escavações têm o objetivo de localizar e identificar os restos mortais dos militantes do Partido Comunista do Brasil, camponeses e militares que se envolveram na Guerrilha do Araguaia, durante as décadas de 60 e 70.
Além de representantes dos governos de Tocantins e Pará, o grupo será formado por peritos das polícias Federal e Civil do Distrito Federal, membros do Ministério Público e especialistas no tema.
Os trabalhos do GTA possibilitarão a resolução de questões relativas aos direitos dos familiares das vítimas e ao resgate da história recente do país. Segundo a portaria, cabe à União informar a localização e identificação dos corpos dos que atuaram no Movimento, usando as informações sigilosas, mantidas sob a guarda das Forças Armadas, assim como depoimentos dos pesquisadores.
Equipe do GTA procura no cemitério de Marabá os restos mortais de guerrilheiros assassinados na década de 70. (Foto: Evandro Corrêa/O Liberal)Equipe do GTA procura no cemitério de Marabá os restos mortais de guerrilheiros assassinados na década de 70. (Foto: Evandro Corrêa/O Liberal)
A Guerrilha
A Guerrilha foi um movimento existente ao longo do rio Araguaia, entre as décadas de 60 e 70. Criado pelo Partido Comunista do Brasil (PC doB), tinha como objetivo realizar uma revolução socialista, que seria iniciada no campo, usando como exemplo as revoluções ocorridas em Cuba e na China.
O governo da ditadura brasileira combateu os guerrilheiros a partir de 1972, quando vários dos integrantes já haviam se estabelecido na região há pelo menos seis anos. O confronto aconteceu na divisa dos estados de Goiás, Pará e Maranhão, próximo às cidades de São Geraldo do Araguaia e Marabá, no Pará, e Xambioá, em Tocantins. Atualmente, o Governo Federal estima que o movimento era composto por cerca de oitenta guerrilheiros, sendo que destes, menos de vinte sobreviveram.

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