MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Férias escolares são antecipadas em Montes Claros por falta de merenda


Desvio de verba na prefeitura foi descoberto pela Polícia Federal.
Secretaria disse que alunos não ficarão prejudicados nos dias letivos.

Do G1 MG, com informações da Inter TV

A Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, precisou antecipar as férias escolares em 15 dias por causa da falta de merenda. As aulas, conforme o calendário planejado, terminariam no dia 13 de julho, mas foram interrompidas na última sexta-feira (30). Um esquema de desvio de verba foi descoberto pela Polícia Federal (PF) na operação “Laranja com Pequi”.
Nesta quarta-feira (4), no Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic), no bairro Maracanã, a antecipação das férias foi comunicada aos alunos e eles não compareceram. Houve apenas movimentação de funcionários. Já na Escola Mestra Fininha, os estudantes só foram comunicados quando eles chegavam para as aulas.
Na operação da PF, foram investigadas 80 escolas municipais. Segundo o relatório final, dos 12 itens da merenda faltam três ou quatro. O desvio da verba do contrato seria de cerca de R$ 10 milhões.
A operação policial, que contou com o Ministério Público Estadual (MPE), resultou na prisão do vereador Athos Mameluque, do secretário de Serviços Urbanos, João Ferro, do diretor da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional de Montes Claros (Funadem), Vitor Oliveira, do assessor especial do município, Noélio Oliveira; da secretária de Educação, Mariléia Oliveira; e do assessor jurídico da Prefeitura de Montes Claros, Fabrícius Souza.
De acordo com as investigações, parte do dinheiro era destinada ao time de vôlei da cidade. A verba era repassada para a empresa vencedora de um contrato de R$ 19 milhões, mas ela não aparecida como patrocinadora da equipe, o que acabou levantando a suspeita de fraude.
Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Montes Claros informou que se viu obrigada a antecipar as férias em face da impossibilidade de prorrogar o contrato com a empresa terceirizada que fornecia a alimentação escolar às unidades de ensino do município.
A prefeitura esclareceu, ainda, que não haverá nenhum prejuízo à educação municipal, já que serão respeitados os 200 dias letivos previstos conforme determinou o Ministério da Educação.
A prefeitura disse que buscará uma solução para regularizar a alimentação escolar com o retorno das aulas, agendado para 30 de julho.

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