MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 8 de julho de 2012

Empresários lucram com fabricação de jaquetas e capacetes para motos


Mercado de acessórios para motos está aquecido no Brasil.
Na última década, só em SP, motos cresceram 5 vezes mais que carros.

Do PEGN TV
O mercado de acessórios para motos está aquecido no Brasil. Na última década, só em São Paulo, o crescimento de motos nas ruas, foi cinco vezes maior que o dos carros. Empresários investem no setor e lucram com a fabricação de jaquetas e capacetes.
Elas são rápidas, baratas, e cada vez mais uma opção no lento trânsito das grandes cidades. O número de motocicletas no Brasil mais que dobrou nos últimos dez anos. Só no ano passado foram emplacados quase 2 milhões de motos no país. Esse comércio aquecido movimenta outro mercado. Quem compra moto, compra também os acessórios.
eles são variados e sofisticados. bota, macacão, baú, aro de roda, paralama e um dos mais procurados, o capacete.
O empresário Nikolas de Cicco começou a fabricar capacetes em 2006. E ficou surpreso com o sucesso do negócio. Hoje, vende 1,5 mil unidades por mês e fatura, em média, R$ 300 mil.
“O mercado vem crescendo. Quanto mais se vende motos, mais capacete é vendido porque é um item obrigatório. A lei exige que o usuário use o capacete. Então, se o mercado de motos cresce, a venda de capacetes e acessórios no geral também tende a crescer junto com a venda de motos”, diz o empresário.
A produção dos capacetes começa na injetora. O plástico é despejado em grãos e derretido no molde. A fabricação segue as normas do Inmetro. “É um plástico chamado ABS de alto impacto. Ele resiste até 43 kg/força por centímetro quadrado. Resiste praticamente a qualquer tipo de impacto”, afirma Ernani de Souza, gerente de qualidade.
Dentro do capacete vão a cinta e o protetor de espuma. O empresário pesquisou materiais e enxugou custos para chegar a um produto popular e atrativo.
A indústria brasileira sofre com a concorrência dos asiáticos, mas o empresário conseguiu fazer um capacete mais barato que o importado chinês. Um modelo custa R$ 60 no balcão de loja. “Na parte externa nós não podemos baratear porque envolve a qualidade e a segurança do capacete. Trabalhamos então na parte interna. Diminuímos um pouco a densidade da espuma. O tecido também ele é bem mais básico do que o importado. Também com grandes parcerias aos nossos fornecedores para que nós consigamos atingir o público C e D”, explica o empresário.
Outro diferencial da fábrica são os modelos. Tem o capacete aviador, os coloridos e com adesivo muito fino, que não solta. O adesivo parece que faz parte do capacete. “Exatamente. Após a aplicação do verniz o capacete fica com essa textura protetiva fazendo com que o adesivo realmente não desgrude do capacete (...). É um diferencial, com certeza”, diz.
A fábrica de capacetes tem 300 clientes, como Milton Pires. Ele é dono de uma loja de acessórios para motos. Segundo o empresário, é possível começar o tipo de negócio com investimento de R$ 40 mil em estoque. “O mercado é bom. Está aquecido. O motoboy sempre busca algo diferente. Busca inovar a motocicleta dele, o veículo dele, do dia a dia dele. Colocam, por exemplo, um aro de roda diferenciado do original. Coloca, por exemplo, um bauleto e isso alavanca o comércio”, relata Pires.
Nos fundos da loja, ele montou uma pequena oficina e dá uma dica: oferecer também o serviço de instalação dos acessórios. Isso atrai clientes. “Esse serviço representa até 20% do faturamento. E dada a comodidade que o cliente busca em comprar e já instalar a peça e sair trabalhando”, revela.
A estratégia dá certo: a loja recebe mais de mil clientes por mês, 80% deles são motoboys, como Willian Araújo, que foi ao local trocar o capacete. “Faz três anos que eu uso o capacete. Eu vi esse, com o preço mais em conta, e vim comprar ele aqui na loja”, afirma.
Jaquetas
Outra loja se especializou em jaquetas para motociclistas. Gregócio Garcia começou o negócio há 30 anos. Ele desenvolveu uma jaqueta inspirado na roupa de ski.
A jaqueta é feita com um nylon de alta densidade, de extrema resistência, o mesmo material com que são confeccionados os paraquedas, então dá pra ter uma ideia que é um nylon bem reforçado.
Segundo o empresário, com R$ 100 mil é possível montar uma loja pequena com produtos de uma confecção. A jaqueta é feita para proteger e aquecer. É fechado com zíper e botões, tem elástico nos punhos, e manta de poliéster por dentro. E as mangas são removíveis, para os dias de calor.
O empresário acertou no produto e no público, e comemora: ele já vendeu mais de 2 milhões de jaquetas para motociclistas de todo o brasil. O preço vai de R$ 130 a R$ 260, conforme o modelo.
“Nós tivemos um crescimento esse de ano de 25% em relação ao ano passado. E já estamos com a produção comprometida. Já está toda esgotada a nossa produção desse inverno”, afirma.
Adilson Moreira comprou a jaqueta e testou. “Ah, eu estava acostumado com a jaqueta de couro e esta é bem mais confortável (...). O vento eu nem sinto”, opina.

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