Até julho, 1,3 mil funcionários do Cândido Ferreira deveriam ser demitidos.
Medida pretende amenizar crise enquanto decisão do MP não é oficializada.
Funcionários do Cândido Ferreira fazem protesto
em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)
Após plenária realizada na noite de quarta-feira (11), a Prefeitura de Campinas (SP) adiou as demissões dos funcionários da saúde contratados através do convênio com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, que deveriam ser efetivadas até o fim deste mês. A reunião foi organizada pelo Conselho Distrital de Saúde da Região Sudoeste, com a intenção de diminuir os efeitos da crise no setor da saúde na cidade.em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)
No dia 31 de maio, o Conselho Municipal de Saúde protocolou no Ministério Público (MP) um ofício solicitando a prorrogação por seis meses o prazo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que trata do processo de demissão. A administração optou por adiar as demissões até que o promotor responsável pelo caso, Geraldo Navarro Cabañas, divulgue a decisão oficial.
Os 1.308 funcionários contratados pelo convênio com o Cândido Ferreira teriam que ser demitidos de acordo com o termo assinado pela administração junto ao MP, que prevê a substituição dos funcionários do serviço de saúde que atuam nas unidades de saúde por servidores públicos concursados. As contratações foram consideradas irregulares quando o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) encontrou problemas no contrato assinado pela prefeitura e o Cândido Ferreira em 2008.
O G1 tentou contato com o promotor eraldo Navarro Cabañas, mas até a publicação da reportagem, ele não havia sido encontrado para comentar o assunto.
Funcionários do Serviço de Saúde Cândido Ferreira fazem protesto em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)
'Burocracia interna'Embora a administração municipal tenha se comprometido a suprir as vagas dos conveniados com concursos públicos, o endurecimento das leis eleitorais que entraram em vigor no sábado (7) afetou o processo, já que a prefeitura não poderá chamar concursados com homologação feita após a data. A assessoria do Executivo culpou a 'burocracia interna' pelo atraso.
Apesar de serem contratados pelo hospital, os funcionários do Cândido Ferreira trabalham em unidades de saúde de todo o município e, desde que o aviso prévio foi emitido, os servidores tiveram a carga horária reduzida em 2 horas ao dia, prejudicando os exames públicos nos postos de saúde da cidade.
R$ 21 milhões em demissões
Segundo a gerência financeira do Cândido Ferreira, o custo aos cofres públicos dessas demissões ficará em torno de R$ 21 milhões. Isso porque depende do número de atuais funcionários do hospital que passou ou passará nos concursos públicos realizados pela prefeitura, o que faz diferença no cálculo rescisório. A assessoria do Executivo disse que existe uma quantia em caixa para suprir o custo das demissões, mas não soube informar a cifra.
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