MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Delfim Netto diz que empresário precisa de taxa de retorno


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
São Paulo - Defensor da política econômica do governo, o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto discorda das cobranças que o atual titular da pasta, Guido Mantega, tem feito para que os empresários despertem seu "espírito animal", confiem mais na economia e sejam mais ousados para investir. "O ministro está fazendo o papel dele, mas não pode pedir ao empresário que invista se ele não tem uma taxa de retorno", disse Delfim, durante palestra a um grupo de 30 alunos do 2º Curso Estado de Jornalismo Econômico, realizado pelo Jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

O governo, segundo Delfim, não tem recursos para fazer os investimentos necessários para o País e precisa atrair os investimentos do setor privado. Para isso, necessita de reformas estruturais que garantam as condições de retorno para o empresário. "O Brasil tem projetos com taxas de retorno de 11% para 20 anos. O governo é que precisa ter mais ousadia."

O ex-ministro defende as políticas econômica e monetária do governo Dilma Rousseff e disse estar certo de que elas darão resultados. "A política de juros atual está correta e vai mostrar as suas vantagens. O Brasil é o último peru com farofa disponível", afirmou. Perguntado sobre as críticas de que as medidas para enfrentar a crise são de curto prazo e voltadas para o consumo, que já estaria esgotado, Delfim discordou.

Para ele, o governo tem tomado medidas de curto prazo em legítima defesa. "O Brasil tem agido em legítima defesa e agiu tarde porque destruiu seu sistema industrial com a desvalorização cambial", disse o ex-ministro. Ainda de acordo com ele, "a ideia de que o consumo está esgotado é um exagero".

Segundo o ex-ministro, é exagero também dizer que o consumidor deixou de tomar crédito. O que falta, de acordo com Delfim, é oferta e não demanda.

Para este ano, o ex-ministro projeta uma taxa de crescimento do PIB em torno de 2%, mas prevê que entre o quarto trimestre do 2011 e o último trimestre deste ano a economia estará oscilando ao redor de 4%. Delfim avaliou também que vai demorar para o desemprego no setor industrial bater na economia porque o setor de serviços continua absorvendo trabalhadores.

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